Economia brasileira e global deve crescer menos do que o esperado em 2019, de acordo com o FMI
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Economia brasileira e global deve crescer menos do que o esperado em 2019, de acordo com o FMI


O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu, nesta terça-feira (9), as projeções para a economia brasileira e mundial no fim deste ano. No relatório "World Economic Outlook", o órgão baixou a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) global para 3,3%.

A nova estimativa do PIB mundial caiu 0,2 ponto percentual (p.p) em relação à projeção divulgada em janeiro deste ano, que era de 3,5% . No final de 2018, o crescimento da economia global foi de 3,6%.

Segundo o FMI ,  a diminuição na expectativa de crescimento mundial se deve às tensões comerciais — como a guerra tarifária entre Estados Unidos e China - e a desaceleração econômica em alguns países principais.  O documento também justifica a redução na previsão do PIB com a recuperação baixa dos mercados emergentes, que causa queda na confiança das empresas, e às incertezas políticas em muitas nações.

"Tensões comerciais, cada vez mais, prejudicaram a confiança das empresas e, portanto, o sentimento do mercado financeiro se agravou, com condições de aperto para mercados emergentes vulneráveis na primavera [outono no hemisfério sul] de 2018 e depois em economias avançadas no final do ano, pesando sobre a demanda global", diz o relatório.

Para 2020, o FMI projeta alta de 3,6% no PIB global .

Entre os países que mais devem crescer neste ano, estão a Índia (7,3%) e a China (6,3%), que devem impulsionar o PIB dos países emergentes (4,4%). Enquanto isso, Estados Undios, Alemanha e Japão devem crescer 1,8%, 0,8% e 1/%, respectivamente.

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Já as estimativas para a América Latina são bem mais baixas: como um todo, seu PIB deve ser de apenas 1,4%, puxado principalmente pela Venezuela, que deve apresentar retração de 25% em sua economia. Além do país de Maduro, a Argentina também deve apresentar recessão neste ano, com queda de 1,2% no PIB.

Previsões para a economia brasileira

Segundo o FMI, Brasil precisa conter aumento dos gastos para conseguir elevar o PIB
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Segundo o FMI, Brasil precisa conter aumento dos gastos para conseguir elevar o PIB


Ainda no cenário de baixo crescimento da América Latina, o FMI reduziu, também, a previsão do PIB brasileiro . Em janeiro deste ano, o fundo esperava uma expasão de 2,5% neste ano, número que caiu 0,3 p.p, atingindo 2,1%. Ao mesmo tempo, o documento que elevou a estimativa para 2020, que passou de 2,2% para 2,5%

De acordo com o órgão, a principal prioridade do País deve ser "conter o aumento da dívida pública", mas garantindo que os "gastos sociais necessários permaneçam intactos." O relatório também elogia o teto de gastos brasileiro: “No Brasil, a principal prioridade é conter o aumento da dívida pública enquanto mantém intactos os gastos sociais. O teto de gastos introduzido em 2016, que incrementa o resultado primário em 0,5 ponto percentual por ano, é um passo na direção certa para facilitar a consolidação fiscal”, escreve.

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O FMI pontua, ainda, a necessidade da agenda de reformas no País, como a da Previdencia , para frear gastos crescentes e elevar o PIB . "A recente reforma trabalhista e subsídios ao crédito são esforços para melhorar a infraestrutura e a eficiência da intermediação financeira e pode ajudar a aumentar a produtividade e elevar as perspectivas de crescimento no médio prazo”, completa.


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