Centrais sindicais e movimentos sociais convocam contrários à reforma da Previdência para esta sexta-feira (22)
Roberto Parizotti/CUT
Centrais sindicais e movimentos sociais convocam contrários à reforma da Previdência para esta sexta-feira (22)

Com atos convocados por centrais sindicais e movimentos sociais contra a reforma da Previdência por todo o Brasil, o assunto domina o Twitter nesta sexta-feira (22). As hashtags #LutePelaSuaAposentadoria e #EuApoioNovaPrevidência lideram os trending topics do Twitter e têm a participação de lideranças políticas, aproximando o debate sobre a reforma da esfera pública. 

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A nova Previdência já foi entregue ao Congresso e precisa ser aprovada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) para que, então, possa ser apreciada pelos parlamentares.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 06/2019 deverá ser aprovada nas duas Casas legislativas, a Câmara e o Senado, para que vire, efetivamente, uma emenda constitucional. A expectativa do governo é que o texto possa ser aprovado no início do segundo semestre deste ano.

tramitação de uma PEC exige que o conteúdo seja analisado e aprovado por deputados e senadores, tendo três quintos dos votos nas duas Casas, em votação feita em dois turnos. A CCJ, primeira etapa do processo, tem como presidente Felipe Francischini (PSL-PR), que indicará um relatador para o caso. O objetivo é analisar se o texto fere algum direito previsto pela Constituição.

Nesta semana, foi lançada uma  Frente Parlamentar Mista de oposição à reforma proposta pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL). O grupo diz contar com a assinatura de ao menos 171 deputados e 27 senadores, e foi criado em 2016, como forma de tentar barrar (com sucesso) a PEC 287/2016, que tratava da reforma da Previdência proposta pelo governo do ex-presidente Michel Temer (MDB), preso preventivamente nesta quinta-feira (21) .

Nesta sexta-feira, parlamentares, partidos, lideranças e brasileiros que apoiam ou não a reforma se manifestaram contra e a favor da nova Previdência nas redes sociais. Confira a repercussão no Twitter :



No mesmo dia em que as manifestações contrárias à reformas estão marcadas pelo País, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ),  ameaçou deixar a articulação política na Casa para aprovação da PEC, após postagem de Carlos Bolsonaro, filho do presidente, com duras críticas a ele. De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo , Maia ligou para o ministro da Economia, Paulo Guedes, dizendo que, se é para ser atacado nas redes sociais por filhos e aliados do presidente, o governo não contará com sua ajuda. 

O presidente da Câmara disse ainda que “Eu sou a boa política, e não a velha política. Mas se acham que sou a velha, estou fora". Maia contou com apoio do PSL para sua reeleição na Casa Legislativa, mas, também nesta semana, fez duras críticas a Sérgio Moro , ministro da Justiça e da Segurança Pública. Os atritos, assim como a prisão preventiva de Temer , podem dificultar a aprovação da reforma da  Previdência .

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