O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do Brasil, ficou em 0,32% em janeiro, de acordo com informações divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (8).
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Considerando apenas os meses de janeiro, esse foi o maior registro de inflação desde 2017, quando o IPCA alcançou 0,38%). Em dezembro do ano passado, o índice ficou em 0,15%.
O IBGE também divulgou a inflação no acumulado dos últimos 12 meses: 3,78%, também o maior registro desde 2017, quando estava em 5,35%. O valor de 3,78% está dentro da meta de inflação estipulada pelo governo para 2019, que é de 4,25% no ano, com um intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%.
No ano passado, a inflação oficial
fechou o ano em 3,75%
cumprindo, com folga, a meta estipulada, que era de 4,5% com intervalo de tolerância entre 3% e 6%. Em 2017, o índice ficou em 2,95%.
Alimentos impulsionaram alta da inflação
De acordo com os dados do IBGE, a alta na inflação foi influenciada, principalmente, pelos preços de alimentos e bebidas, que subiram 0,90%. Entre as comidas que mais apresentaram alta estão o feijão-carioca (19,76%), a cebola (10,21%), frutas (5,45%) e carnes (0,78%). O leite longa vida, que vinha registrando quedas consecutivas nos últimos cinco meses, também subiu 2,10% em janeiro.
Do lado das quedas, o alimento com redução mais expressiva em seu preço foi o tomate, que ficou 19,46% mais barato.
Outros setores pesquisados pelo IBGE, como despesas pessoais e transportes, também registraram alta. Em despesas pessoais, os preços subiram 0,61%, influenciados principalmente por itens como excursão (6,77%), hotel (1,06), manicure (0,85%) e cabeleireiro (0,69%). Os transportes também registraram leve alta, de 0,02%, após os reajustes das passagens de transporte público pelo Brasil.
Previsões para 2019
No último Boletim Focus, divulgadado semanalmente pelo Banco Central (BC), os analistas de instituições financeiras estipularam que a inflação brasileira deve terminar 2019 em 3,94%. Essa foi a primeira projeção em que o IPCA foi projetado abaixo dos 4%, e o relatório desta segunda-feira (4) traz a terceira queda seguida no indicador.