Paulo Guedes, começou, nesta semana, a trabalhar para abrir caminhos e tornar mais simples e eficaz a aprovação da reforma da Previdência entre os chefes de poder brasileiros. Nesta terça-feira (5), o ministro da Economia deve se reunir com os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
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Guedes deve se encontrar pessoalmente, hoje (5), com Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, e com Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente do Senado. As reuniões tem como objetivo auxiliar na tramitação da proposta de reforma da Previdência nos dois locais. Na segunda-feira (4), o ministro se encontrou, também, com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli.
No domingo, Toffoli já havia se reunido com Maia e Alcolumbre para discutir a pauta.
Os esforços de Paulo Guedes também visam encaminhar, entre a segunda e a terceira semana de fevereiro , a proposta de reforma ao Congresso Nacional, conforme informou o secretário de Previdência, Rogério Marinho, em janeiro.
De acordo com informações da Agência Brasil , a estratégia da equipe econômica do presidente Jair Bolsonaro é, depois de conversar sobre o projeto com os governadores e prefeitos brasileiros, partir para encontros com os poderes.
Alguns já expressaram publicamente seu apoio à reforma da Previdênvia , como no caso do governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB). Em uma entrevista coletiva dada após um encontro realizado ontem (4) com o novo presidente do Senado, o tucano disse que "o novo presidente do Congresso, do Senado, confirmou que essa pauta é uma pauta prioritária”. Ele também informou que o PSDB está “com plena disposição de votar a favor da reforma ”.
Bolsonaro defende capitalização da Previdência
Em mensagem enviada neta segunda-feira (4) ao Congresso Nacional
, Bolsonaro defendeu a importância da reforma e reiterou que o governo trabalha para adotar um regime de capitalização
, considerado um "caminho consistente para liberar o Brasil do capital internacional".
"Estamos concebendo uma proposta moderna e ao mesmo tempo fraterna, que conjulga o equilíbrio atuarial com o amparo a quem mais precisa, separando Previdência de assistência, ao mesmo tempo em que se combate fraudes e privilégios", diz o presidente. A mensagem também fala sobre a adoção de um sistema previdenciário por capitalização, uma das bandeiras defendidas pelo ministro Paulo Guedes ainda durante a corrida eleitoral e que deve ser colocada em prática pelo novo governo. Segundo Bolsonaro, que se refere ao regime como "poupança individual da aposentadoria", a novidade criaria condições para atrair investimentos e acelerar o ritmo de crescimento do País.