Inadimplência atinge 62,6 milhões de brasileiros em 2018
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Inadimplência atinge 62,6 milhões de brasileiros em 2018

O Brasil encerrou o ano de 2018 com aumento de 4,41% no número de consumidores com contas em atraso em relação a 2017, chegando ao total de 62,6 milhões de brasileiros, segundo dados do Indicador de Inadimplência da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). 

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A alta de 4,41% é a maior desde 2012, quando a inadimplência subiu 6,8% frente a 2011. O total de brasileiros com contas em atraso e CPF restrito para contratar crédito ou fazer compras parceladas – o popular nome sujo – representa cerca de 41% da população adulta que mora no País.

Nos últimos anos, o número de adultos com nome sujo  encerrou com altas de 1,3%, em 2017; 1,4%, em 2016; 4,2%, em 2015; 3,4%, em 2014; e de 3,7%, em 2013. Em 2018, além de o avanço ter sido significativo, o valor médio aumentou 2,75% em relação a 2017.

Na média, cada inadimplência possui duas pendências financeiras. As contas básicas com serviços essenciais para o funcionamento da residência, como água e luz, foram as que mais cresceram no período, um avanço de 14,88%, seguido pelas dívidas bancárias (cartão de crédito, cheque especial, financiamentos e empréstimos), com crescimento de 6,81% na comparação anual. As dívidas contraídas no comércio e com boletos de telefonia, TV por assinatura e internet caíram 5,09% e 0,37%, respectivamente.

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Perfis, regiões e perspectivas para a inadimplência em 2019

Pessoas entre 30 e 39 anos são as com maior frequência na inadimplência do Brasil
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Pessoas entre 30 e 39 anos são as com maior frequência na inadimplência do Brasil

A faixa etária com maior percentural de negativados é a de pessoas entre 30 e 39 anos. Em dezembro, mais da metade da população neste perfil (52%) tinha o nome inscrito em alguma lista de devedores, somando17,8 milhões.

Os inadimplentes entre 40 e 49% são 50%, e os brasileiros endividados entre 25 e 29 anos representam 44%. Entre os mais jovens, com idade entre 18 e 24 anos, a proporção cai para 17%, o que equivale a 4,1 milhões de pessoas. Na população idosa, que compreende a faixa de 65 a 84 anos, a proporção é de 32%.

Entre as cinco regiões brasileiras, quatro apresentaram elevação da inadimplência no encerramento do ano passado: Sudeste (8,44%), Sul (1,80%), Nordeste (1,62%) e Norte (0,85%). A exceção foi o Centro-Oeste, onde foi registrada queda de 1,79%.

“A reversão desse quadro passa pela continuidade da melhora econômica em curso e, em especial, daquilo que toca diretamente o consumidor, que é emprego e renda. Além disso, exige um esforço contínuo de educação sobre o consumo, pois o brasileiro, mesmo diante da crise recente, ainda não aprendeu a gerenciar melhor as finanças”, avaliou o presidente da CNDL, José Cesar da Costa.

Discurso complementar é feito pela economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, que acredita que o ano de 2019 pode ser melhor. “Para o ano que se inicia, espera-se que o processo de recuperação econômica se acelere, impulsionado pela alta da confiança com o novo governo e com as boas expectativas com as reformas estruturantes, que devem injetar ânimo nos agentes econômicos. Isso permitiria uma recuperação mais consistente do mercado de trabalho, melhorando o quadro da inadimplência como um todo”, avalia.

A inadimplência e o valor da dívida média cresceram no ano passado, mesmo com o  avanço do Produto Interno Bruto (PIB) e a redução do desemprego no Brasil , o que liga o alerta para o planejamento de gastos dos brasileiros, segundo o presidente da CNDL.

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