![Bolsonaro deve aproveitar proposta de reforma da Previdência que traz mudanças na aposentadoria previstas por Temer, com alterações Bolsonaro deve aproveitar proposta de reforma da Previdência que traz mudanças na aposentadoria previstas por Temer, com alterações](https://i0.statig.com.br/bancodeimagens/5r/b2/7k/5rb27kvj6pl2979vpg4gzlgmp.jpg)
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou, em entrevista ao SBT na noite desta quinta-feira (3), que deverá aproveitar a proposta de reforma da Previdência enviada pelo governo do ex-presidente Michel Temer (MDB). A nova equipe deve apresentar alterações para o texto que altera as regras da aposentadoria e já se encontra em tramitação na Câmara dos Deputado até a próxima semana.
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“O que queremos é aproveitar a reforma que já está na Câmara, que começou com o senhor Michel Temer. A boa reforma é aquela que passa na Câmara e no Senado, não aquela que está na minha cabeça ou na da equipe econômica”, defendeu, afirmando que a proposta prevê a idade mínima para aposentadoria de 62 anos para os homens e 57 anos para as mulheres, com redução em relação ao texto reformulado da proposta deTemer, que previa 65 anos de idade mínima para homens e 62 para mulheres.
Bolsonaro indicou que as medidas buscam especialmente os servidores públicos. "O que mais pesa no Orçamento é a questão da previdência pública, que terá maior atenção da nossa parte. Vamos buscar também eliminar privilégios”, disse o presidente, que também descartou aumentar a alíquota de contribuição previdenciária dos servidores, hoje em 11%.
De acordo com o presidente, seria mais um ano a partir da promulgação e outro em 2022, mas que as idades mínimas variariam de acordo com a categoria profissional e a expectativa de vida. No início de um novo mandato, dele ou de um futuro presidente, seria avaliada a necessidade de novos ajustes no sistema previdenciário. “Quando você coloca tudo de uma vez só no pacote, você pode errar, e nós não queremos errar.”
Citando a expectativa de vida no Piauí, que é de 69 anos, o capitão reformado argumenta que seria “um pouco forte" estabelecer 65 anos como idade mínima , como previsto no texto da reforma enviado ao Congresso pelo governo Temer.
Bolsonaro busca, com a medida, "não cometer injustiça" com aqueles que têm expectativa de vida menor, além, é claro, de facilitar a aprovação do projeto no Congresso. Assim como durante a posse de Paulo Guedes e em todo o discurso construído na companha e até mesmo na posse, a reforma da Previdência é vista como algo fundamental para cortar gastos públicos.
"Agora todos terão de contribuir um pouco para que ela seja aprovada. Eu acredito que o Parlamento não vai faltar ao Brasil”, afirmou o presidente, complementando que busca evitar que o País “em mais dois ou três anos entre em colapso.”
Além de falar sobre aposentadoria, Bolsonaro criticou a Justiça do Trabalho
![Jair Bolsonaro falou sobre aposentadoria, Justiça do Trabalho e mais em sua primeira entrevista como presidente Jair Bolsonaro falou sobre aposentadoria, Justiça do Trabalho e mais em sua primeira entrevista como presidente](https://i0.statig.com.br/bancodeimagens/cc/i1/6i/cci16ichclxd21655hjnmzy39.jpg)
Em sua primeira entrevista após a posse, o presidente também sugeriu o fim da Justiça do Trabalho , que, segundo ele, só causa entraves ao trabalhador e ao empregador. “Está sendo estudado o fim da Justiça do Trabalho. [...] Ninguém aguenta isso", disse.
"Qual país do mundo que tem? Tem que ser Justiça comum e tem que ter a sucumbência – quem entrou na Justiça e perdeu tem de pagar", explicou Bolsonaro. Nós temos mais ações trabalhistas que o mundo inteiro. Algo está errado. É o excesso de proteção.”
O presidente concluiu fazendo comparações entre as legislações trabalhistas brasileira e norte-americana, afirmando que o Brasil "é um país de direitos em excesso, mas falta emprego". "Nos Estados Unidos, não têm quase direito trabalhista. Não adianta você ter direitos e não ter emprego.”
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A primeira entrevista de Jair Bolsonaro como presidente reiterou pontos fortes de sua campanha, como a necessidade de alterar a aposentadoria com a reforma da Previdência, de flexibilizar as relações entre trabalhador e empregador e as tradicionais críticas a setores mais progressistas e países socialistas.