O presidente Michel Temer (MDB) afirmou que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro poderia ter atingido 3,5% em 2018 se não tivesse ocorrido, em maio, a greve dos caminhoneiros, que paralisou o País ao longo de 11 dias, em maio.
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Temer disse, durante cerimônia no Palácio do Planalto nesta quarta-feira (12), que as estimativas de crescimento foram refeitas por conta da greve dos caminhoneiros e, atualmente, a previsão é de que a economia do País oscile entre 1,4% e 1,6% neste ano. O valor de 3,5% citado pelo presidente, no entanto, nunca havia sido cogitado em nenhuma previsão do primeiro semestre.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no Brasil em determinado período, e serve para medir a evolução da economia. Em 2016, foi registrada retração de 3,5%, depois revista para 3,3%. Em 2017, cresceu 1%, encerrando a recessão no País.
Antes da paralisação , o mercado financeiro e seus analistas projetavam que a economia do Brasil ficaria em 2,18%. Logo após a greve, os economistas dos bancos revisaram as estimativas e passaram a prever crescimento de 1,94%.
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Em abril, mês anterior à paralisação, o Fundo Monetário Internacional (FMI) projetava que o Brasil fecharia o ano com um crescimento de 2,3%. Logo depois da greve, a entidade internacional revisou a previsão para 1,8%.
Também antes da greve, o Ministério da Fazenda estimava crescimento de 2,5%, valor que foi revisto para 1,6%. O Banco Central também reduziu de 2,6% para 1,6% a previsão após a paralisação.
"Este ano, não fora a greve dos caminhoneiros, que criou, eu reconheço, um grande problema, nós iríamos a 3%, 3,5% do PIB. Mas vamos ter ainda ter um PIB positivo de 1,4%, 1,5%, 1,6%, mais ou menos isso", discursou o presidente Temer durante a cerimônia de entrega de medalhas da Ordem Nacional Barão de Mauá a pessoas que contribuíram para o desenvolvimento de indústria, comércio exterior e serviços do país.
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O Ministério da Fazenda calcula que o prejuízo à economia provocado pela greve dos caminhoneiros foi de R$ 15,9 bilhões, mostrando a força da categoria e a dependência do transporte rodoviário no Brasil.