Vice-presidente eleito, Hamilton Mourão, falou em aprovar
José Cruz/Agência Brasil
Vice-presidente eleito, Hamilton Mourão, falou em aprovar "urgentemente" a reforma da Previdência no 1º semestre

O vice-presidente da República eleito, general Hamilton Mourão (PRTB), disse que o governo espera aprovar já no primeiro de semestre de 2019 a reforma da Previdência e reafirmou a necessidade de "privatizar aquilo que tiver que ser privatizado". As declarações foram feitas nesta quinta-feira (29) em reunião promovida pela Agência Nacional de Transportes Terrestres ( ANTT ), em Brasília.

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De acordo com o general Mourão , para que o novo governo possa reestabelecer a economia brasileira e equilibras as áres de infraestrutura, foco do encontro, é preciso aprovar o quanto antes as reformas Tributária (que tramita no congresso) e da Previdência. O vice-presidente diz que "Precisamos urgentemente, ao longo do primeiro semestre, aprovar essa reforma (Previdência) para ter espaço no orçamento.”

Mourão apresentou ainda proposta de garantia contra as oscilações do dólar , na qual o governo compensaria a iniciativa privada diante dos aumentos para obras de grande porte, com flutuação significativa do câmbio. "Visualizamos claramente que o governo tem de ter o planejamento, a licitação muito bem feita e a garantia contratual para que a empresa possa participar desse processo e executar o que está sendo demandado", afirmou.

Ele complementa ainda que "Seria o caso de estudar um dólar médio . Se subir, tem de ser compensado pelo governo. Se descer, a empresa está com o seu lucro ainda mais assegurado. O dólar flutua demais. Vamos dizer que seja estabelecido em R$3,50. Este é o parâmetro na constituição. Se o dólar subir para R$ 3,70, aí entra o parceiro público, o governo, para compensar a empresa no prejuízo."

No entanto, o futuro vice-presidente lembra que a palavra final será dada por Tarcísio Gomes de Freitas, que assumirá o Ministério de Infraestrutura no governo Bolsonaro.

Durante a palestra com engenheiros e empresários do setor de infraestrutura, reafirmou a necessidade de "privatizar aquilo que tiver que ser privatizado" e  reiterou o que disse o presidente eleito sobre algumas empresas não serem privatizadas, como a Petrobras e o Banco do Brasil.

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Sobre os rumos do próximo governo na economia, Mourão falou que os nortes serão a liberalização financeira e a abertura comercial , de forma "lenta, gradual e segura", abrindo as portas para investimentos estrangeiros que sejam "capital de risco, para construir estrada, construir rodovia."

O vice-presidente eleito demonstra cautela e prega primeiro recuperar a economia para depois abri-la ao mundo, criticando as gestões anteriores e dizendo que "Não queremos empréstimo puro e simples. Porque esse filme a gente já viu e sabe que não dá certo."

Mourão fala sobre o cenário internacional

Mourão falou sobre a guerra comercial entre EUA e China, dizendo que o governo deverá tomar posição
Reprodução/Twitter
Mourão falou sobre a guerra comercial entre EUA e China, dizendo que o governo deverá tomar posição

Ao longo da palestra, além de falar sobre o futuro da economia brasileira e a relação com outros países, o General disse que o presidente russo Vladimir Putin pretende reestabelecer a antiga União Soviética e afirmou que o Brasil precisará saber tomar partido na briga entre Estados Unidos e China.

Sobre o excesso de burocracia no País, ele fez comparações e afirmou "Tenho comparado nosso Brasil, de uma forma bem positiva, a um cavalo maravilhoso, olímpico, capaz de saltar 1,8 metro de altura, desde que seja montado por um ginete de mão de ceda, cintura de borracha e de perna de aço. Infelizmente estamos saltando só 0,70 metro porque nosso ginete está pesadão, a mão é de ferro e a perna está frouxa. "Está na hora de colocarmos este animal com toda a capacidade que ele tem."

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Hamilton Mourão defendeu que o governo priorize os gastos, desvincule as receitas da união, crie linhas de crédito para empresas via BNDES e consiga aprovar o quanto antes as reformas "essenciais", tributária e da Previdência.

*Com informações da Agência Brasil

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