A economia brasileira acelerou e cresceu 1% do segundo para o terceiro trimestre deste ano, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (22) pelo Monitor do Produto Interno Bruto (PIB) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) no Rio de Janeiro.
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O PIB é um dos principais índices que mostram o momento da economia brasileira , significando a soma de todos os bens e serviços produzidos no País. De acordo com a pesquisa, o PIB avançou 1,7% em relação ao terceiro trimestre de 2017. A alta acumulada é de 1,6% nos últimos 12 meses.
"Esta é a sétima taxa positiva consecutiva desde o fim da recessão. Na comparação com o terceiro trimestre de 2017, todos os componentes do PIB, tanto pela ótica da oferta quanto pela ótica da demanda, apresentaram resultados positivos, à exceção da construção", destaca a Fundação.
Em 2017, após dois anos de recessão , foi registrado aumento de 1%. No primeiro trimestre de 2018, avanço foi de 0,1%, seguido por 0,2% no trimestre seguinte. O resultado oficial do PIB do terceiro trimestre será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no dia 30 de novembro.
A pesquisa FGV mostra que o crescimento no mês de setembro, que encerrou o terceiro trimestre, foi de 0,4% em relação a agosto deste ano e de 1,1% ante setembro do ano anterior.
O crescimento do terceiro trimestre de 2018 como um todo foi movido pelos avanços dos três grandes setores produtivos da economia brasileira: Serviços , 0,7%, Indústria , 0,7% e Agropecuária, 2,4%.
Entre os serviços, as maiores altas foram vistas nos segmentos de transportes, 2,5%, e comércio, 1,3%, enquanto entre os segmentos da Indústria, o maior avanço foi registrado na construção, 1,5%. A indústria extrativa mineral, -0,7%, e a geração de eletricidade, -0,4%, registraram quedas.
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Demandas da economia brasileira
Segundo a FGV, os investimentos medidos pela Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) tiveram a maior taxa de crescimento anual desde setembro de 2013 (+7,7%). "Este resultado se deve principalmente ao crescimento de máquinas e equipamentos (22,8%) em razão da incorporação das plataformas de petróleo no cálculo", justifica o estudo.
O ápice do índice que calcula a taxa de investimento (FBCF/PIB), a preços constantes, foi de 24,2%, em outubro de 2013. Até o início de 2017, caiu sistematicamente e, no mês de setembro, foi de 17,4%.
O consumo das famílias avançou 0,7% em relação ao segundo trimestre, mas a trajetória de recuperação já mostra 1,7% a comparação com o terceiro trimestre do ano passado. Os destaques são o consumo de bens duráveis, 6,3%, e de serviços, 2,0%.
A Fundação divulgou ainda os índices de exportação e importação dentro do PIB brasileiro. As exportações apresentaram crescimento de 3,2% no terceiro trimestre (em relação ao mesmo período de 2017), enquanto a importação expandiu 14,6% no terceiro trimestre, ante um ano antes.
O destaque positivo deve-se ao desempenho da exportação dos produtos da agropecuária (10,8%) e da extrativa mineral (17,4%). No entanto, todos os produtos industrializados tiveram resultados negativos, exceto os bens de capital.
Em termos monetários, o PIB acumulado de janeiro a setembro de 2018, em valores correntes, é estimado em R$ 5,2 trilhões.
O Monitor do PIB da FGV passou a estimar a variação do PIB de 2017 em 1,1%, ante alta anterior de 1%, em função das revisões definitivas feitas pelo IBGE sobre o PIB de 2016, que passou de -3,5% para -3,3% . As correções, portanto, mostram dados positivos para a economia brasileira .