Quase metade dos estados brasileiros apresentaram uma taxa de desemprego maior do que a nacional do segundo trimestre deste ano. De acordo com dados da Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral (Pnad Contínua Tri), divulgada nesta quarta-feira (14) pelo Instituto de Brasileiro de Geografia (IBGE), 14 das 24 unidades federativas registraram mais do que 11,9% de suas populações desocupada.
Em outubro, o IBGE informou que a taxa de desemprego
no Brasil ficou em 11,9% no terceiro trimestre
, a menor do ano depois de seis quedas consecutivas. Apesar da baixa no índice, que mede os desocupados a partir dos 14 anos, as novas informações do instituto mostram que 14 estados do País possuem mais desempregados do que esses 11,9%.
Entre os cinco primeiros colocados, que registram as maiores taxas de desemprego, quatro são estados do Nordeste: a segunda colocação é preenchida por Sergipe, que tem 17,5% de pessoas desocupadas no terceiro trimestre, seguida por Alagoas, com 17,1%. Em quarto e quinto lugares aparecem Pernambuco (16,7%) e Bahia (16,2%), respectivamente. O Amapá, que aparece em primeiro lugar, com 18,3% de desemprego, é o único entre os cinco primeiros que não pertence à região.
Entre os 14 estados acima da média nacional, também estão presentes unidades federativas como São Paulo (13,1%), Rio de Janeiro (14,6%) e Distrito Federal (12,6%).
As menores taxas de desocupação foram observadas em Santa Catarina (6,2%), Mato Grosso (6,7%) e Mato Grosso do Sul (7,2%).
Taxa de desemprego permaneceu estável em 21 dos 27 estados
Mesmo com o grande número de estados registrando taxa de desocupados superior aos 11,9% do Brasil, o desemprego permaneceu estável em 21 dos 27 estados, quando comparadas às taxas do segundo trimestre deste ano.
Entre todas as unidades federativas, apenas Roraima apresentou alta no desemprego, com aumento de 2,3 pontos percentuais. O estado, que tinha 11,2% de desocupados no segundo trimestre, registrou taxa de 13,5% no terceiro trimestre.
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Estados como Mato Grosso, Tocantins, Minas Gerais, Ceará tiveram queda de pelo menos 1 ponto percentual na comparação de trimestres. Todos eles também ficaram com taxas de desemprego abaixo da média nacional.
No Rio de Janeiro, apesar de o número de desocupados ter ficado maior do que a média nacional de 11,9% (o Rio registrou 14,6%), sua taxa de desemprego também caiu em relação ao segundo trimestre, perdendo 0,8 ponto percentual.
Todos os outros 21 estados permaneceram com níveis de desocupados estáveis.
Desocupação atinge mais mulheres, nordestinos e negros
Entre as 12,5 milhões de pessoas atingidas pelo desemprego no Brasil no terceiro trimestre deste ano, os nordestinos, mulheres e negros são a maioria.
Além dos maiores índices de desemprego estarem no nordeste, a taxa de desocupação dos que se declararam brancos ficou abaixo da média nacional, registrando 9,4%. Os índices dos pretos e (14,6%) e dos pardos (13,8%) desempregados, no entanto, ficaram acima da média, registrando 14,6% e 13,8%, respectivamente.
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Quando analisado o gênero, a taxa de desemprego feminina é de 13,6%, enquanto a masculina é de 10,5%. As mulheres têm menos empregos em todas as cinco regiões do País, apesar de serem maioria tanto na população em idade de trabalhar no Brasil (52,3%), quanto em números gerais.