A ractopamina, aditivo alimentar responsável pelo embargo russo à carne brasileira, é usado para fazer com que animais ganhem peso de forma mais eficiente e acumulem menos gordura
Marcos Santos/USP Online
A ractopamina, aditivo alimentar responsável pelo embargo russo à carne brasileira, é usado para fazer com que animais ganhem peso de forma mais eficiente e acumulem menos gordura

Na última quarta-feira (31), o Serviço Federal para Vigilância Sanitária e Fitossanitária da Rússia ( Rosselkhoznadzor ), órgão que regula a segurança na agricultura do país, anunciou que vai liberar a importação de carne suína e bovina de nove fornecedores do Brasil a partir de hoje (1º). A carne brasileira estava embargada no mercado russo desde novembro de 2017 devido à presença de ractopamina em produtos de frigoríficos brasileiros.

Leia também: Superávit comercial cai quase 20% nos nove primeiros meses do ano

A ractopamina é um aditivo usado para fazer com que animais ganhem peso de forma mais eficiente e acumulem menos gordura. O uso do produto em rações é aprovado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mas não é autorizado por Rússia, União Europeia e China. Para evitar contaminações, os animais cuja carne será exportada para os países que têm restrições são criados separadamente e alimentados com outro tipo de ração.

Segundo a vigilância sanitária russa, foram reabilitadas algumas plantas frigoríficas das empresas Alibem Alimentos, Adele Indústria de Alimentos e da Cooperativa Central Aurora Alimentos, todas no Rio Grande do Sul. A expectativa do secretário da Agricultura e da Pesca, Airton Spies, é de que o país volte a comprar carnes também dos frigoríficos de Santa Catarina em breve.

“O retorno das vendas para a Rússia  desafogará a pressão da oferta e resdistribuirá a demanda, beneficiando outras empresas que, eventualmente, não estão habilitadas a exportar neste primeiro momento", avaliou Spies. Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), desde o embargo imposto em 2017, o Brasil deixou de exportar 230,4 mil toneladas para a Rússia, cerca de 40% de tudo o que o País teria exportado no período.

Por meio de um vídeo, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi , comemorou a liberação e afirmou que a decisão era muito esperada pelos produtores brasileiros, em especial os suinocultores. “É difícil abrir mercado, é fácil perder mercado e é muito mais difícil recuperar mercado”, afirmou.

Você viu?

Leia também: Brasil sobe em ranking de ambiente de negócios, mas é o último entre os BRICS

Em sua conta no Twitter, o presidente Michel Temer anunciou a decisão da Rússia de retirar o embargo da carne brasileira e agradeceu ao presidente Vladimir Putin pela colaboração comercial com o País.





*Com informações da Agência Brasil

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!