O Banco Mundial divulgou, nesta quarta-feira (31), um ranking de ambiente de negócios, que avalia 190 países. O levantamento mostra o Brasil na 109ª posição, com 60,01 pontos (de zero a 100), saltando 16 posições em relação a 2017, quando estava na 125ª posição, com nota 57,05.
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O relatório Doing Business , divulgado anualmente pelo banco, mede o impacto de leis, regulações e da burocracia no funcionamento das empresas em cada um dos 190 países estudados. O ranking de ambiente de negócios mostrou o Brasil com o maior crescimento entre os países da América Latina e do Caribe.
O presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, em comunicado, afirmou que "é fundamental que os governos acelerem esforços para criar condições que levem a iniciativa privada a florescer e as comunidades a prosperarem".
Segundo os dados divulgados, o Brasil facilitou o ambiente de negócios ao criar sistemas online para registro de empresas e, por isso, subiu tanto. No entanto, mesmo com essa subida acentuada, o Brasil segue na parte de baixo da tabela, atrás de vizinhos como Colômbia (65º) Chile (56º lugar) e México (54º lugar).
Dentre os Brics – grupo de países de economias emergentes composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (em inglês, South Africa, por isso o S) – o Brasil é o último. Em ordem, aparecem Rússia (31º), China (46º), Índia (77º) e África do Sul (82º).
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No topo da lista, permanece a Nova Zelândia, seguida por Cingapura, Dinamarca, Hong Kong e Coreia do Sul. Os Estados Unidos, que têm a maior economia do mundo, surgem na 8ª colocação, retornando ao posto ocupado em 2016 – em 2017, eram o 6º.
Entre os itens a serem avaliados, estão o número de dias gastos para que seja feita a abertura de empresas, para o pagamento de impostos, a obtenção de alvarás de construção, a conexão com a rede elétrica e o registro de uma propriedade, a obtenção de crédito e, por fim, a execução de contratos e resolução de insolvência.
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Avanços e entraves para o Brasil no ranking de ambiente de negócios
O relatório dá destaque à redução do tempo de abertura de empresas (20,5 dias em média, ante 82 dias anteriormente) e a maior facilidade na obtenção de crédito e nas regulações do comércio internacional, muito em função das mudanças proporcionadas pela reforma trabalhista, de acordo com a avaliação do Banco Mundial.
O registro de propriedades foi o único quesito que trouxe queda de pontos. A pior colocação brasileira segue sendo o pagamento de impostos, na qual aparece na 184ª posição. A obtenção de alvarás de construção também requer melhorias, segundo a avaliação. Por outro lado, o melhor resultado geral do Brasil é no fornecimento de eletricidade .
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A divulgação do relatório de 2017 foi polêmica por serem reveladas mudanças de metodologia nos índices, que haviam levado a resultados contraditórios. O Banco Mundial reconheceu o erro na divulgação do ranking de ambiente de negócios e tratou de buscar maior transparência neste ano.