Aumento da inflação é o maior para o mês de outubro desde 2015, aponta IBGE
Agência Brasil/EBC
Aumento da inflação é o maior para o mês de outubro desde 2015, aponta IBGE


O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que mede uma prévia da inflação oficial do Brasil, registrou 0,58% de aumento da inflação em outubro, segundo dados divulgados nesta terça-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísica (IBGE).

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O número é o maior para um mês de outubro desde o ano de 2015, quando o indicador marcou 0,66%. Em outubro de 2017, o índice registrou aumento da inflação de 0,34%.

Em relação a setembro deste ano, quando a taxa ficou em 0,09%, houve aumento de 0,49 ponto percentual. O resultado da prévia também aponta uma variação acumulada de 3,83 em 2018 e de 4,53% em relação aos últimos 12 meses. Na conta dos 12 meses anteriores, terminados em setembro, a taxa era de 4,28%.

Alimentos e combustíveis estão entre os responsáveis pelo aumento da inflação

Gasolina, etanol e alimentos como tomate estão entre os produtos que auxiliaram no aumento da inflação de outubro
Agência Brasil
Gasolina, etanol e alimentos como tomate estão entre os produtos que auxiliaram no aumento da inflação de outubro


A pesquisa aponta que, entre os nove grupos pesquisados, os setores de alimentação e bebidas e o de transportes, que tiveram alta de preços, foram os maiores responsáveis pelo aumento da inflação. Juntos, eles respondem por cerca de 70% do IPCA-15 do mês.

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Em setembro, quando a última medição do índice foi realizada, os alimentos registraram deflação (ou seja, queda de preços ) de 0,41%. Em outubro, com a influencia do aumento de preços de alimentos como o tomate (16,76%), as frutas (1,90%) e as carnes (0,98%), o setor inflacionou 0,44%.

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Apesar do aumento, a cebola, o leite longa vida e os ovos permanecem com queda de preços de 8,48%, 4,10% e 2,26%, respectivamente.

O grupo dos transportes, também responsável pelo aumento da inflação do mês, foi o que apresentou maior variação (1,65%) em outubro, quando comparado com outros setores. Aqui, o maior causador da alta foram os combustíveis, que, após a queda de 0,19% em setembro, registraram alta de 4,74% em outubro.

Entre os combustíveis, a gasolina apresentou maior impacto nos resultados, já que ficou, em média, 4,57% mais cara, com variações entre 2,70% em de Belém e 6,72% em Recife. Já o etanol subiu cerca de 6,02% no mês. Os dois tipos de combustível haviam registrado, no mês anterior, variação negativa de preços: queda de 0,07% para a gasolina e de 1,36% para o etanol.

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A alta dos preços de setembro para outubro foi registrado em todas as áreas do País. Entre elas, o aumento da inflação foi maior em Porto Alegre, que marcou 0,91%, e menor em Pernambuco, com 0,35%.

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