O dólar opera em queda nesta quarta-feira (17) e volta a ser negociado abaixo dos R$ 3,70. Investidores acompanham com bons olhos o desfecho eleitoral no País e veem trajetórias de juros nos Estados Unidor, por isso o dólar cai.
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Por volta das 14h20, a moeda recuava 1,31%, vendida a R$ 3,7089. A máxima atingiu R$ 3,745 e a mínima, R$ 3,672. O dólar cai também no turismo e é negociado em torno de R$ 3,86, sem considerar a cobrança de tributo (IOF).
Na véspera, o dólar comercial fechou em queda de 0,37%, a R$ 3,7201, acumulando queda de 7,87% na parcial do mês de outubro. No ano, porém, a alta ainda é de 12,27%. Em 17 de setembro, um mês atrás, o comercial era negociado em R$ 4,1261 e o turismo R$ 4,30.
Dólar cai com influência externa
A moeda americana vinha, desde agosto, mantendo-se acima de R$ 4, em meio ao período repleto de incertezas em questões econômicas, políticas e sociais vivido no Brasil e também ao período conturbado no cenário internacional.
A expectativa de que a cautela tomaria conta das cotações foi contrariada e ajustes de posições nos últimos pregões foram feitos, sobretudo após divulgação de pesquisas que reforçavam a liderança de Jair Bolsonaro (PSL) na corrida eleitoral.
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O mercado tende a preferir candidatos com agendas econômicas marcadas por privatizações e pouca regulação, algo que foge do que é defendido por Fernando Haddad (PT), adversário de Jair Bolsonaro no segundo turno. O ex-capitão do Exército se aproxima mais do que costuma ser de interesse do mercado nesse sentido, e, portanto, é interessante demonstrar positividade na economia após o candidato do PSL aparecer na frente.
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Nesta tarde, deverá ser divulgada a ata do último encontro de política monetária do banco central dos Estados Unidos, que pode dar indícios sobre a trajetória de juros ser reforçada ou não no País. Mais cedo, o Departamento de Comércio dos EUA informou que a construção de novas moradias no país caiu acima do esperado, o que pode ter ajudado a aliviar a pressão sobre o dólar no real.
O banco central norte-americano projeta outra alta de juros ainda em 2018 e mais três em 2019 e os indicadores mostram que o aperto pode ser ainda mais forte do que o esperado, o que prejudicaria ainda mais a economia de países emergentes, como o Brasil.
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O índice B3, mais importante da bolsa brasileira, opera em queda nesta quarta-feira, mas está estável. Também pouco antes das 14h30, o Ibovespa registrava estabilidade, a 85.718,44 pontos. O dólar cai e acompanha a tendência otimista do dia na economia brasileira.