Preço da gasolina sobe 0,52% e fecha semana em alta pela quarta vez consecutiva
Agência Brasil
Preço da gasolina sobe 0,52% e fecha semana em alta pela quarta vez consecutiva

O preço da gasolina subiu novamente. Segundo levantamento da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natual e Biocombustíveis (ANP) divulgado nesta sexta-feira (21), tanto a gasolina quanto o etanol encerraram a semana em alta mesmo sem nenhum reajuste anunciado pela Petrobras nas refinarias nos últimos dias.

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A ANP informou que o preço da gasolina teve alta de 0,52% na semana e subiu para R$ 4,652 o que configura a quarta semana de aumento consecutivo. O valor é mais alto até mesmo do que o observado na semana em que a greve dos caminhoneiros foi encerrada.

A Agência disse ainda que identificou postos de combustível vendendo gasolina por até R$ 6,290 por litro. O mais barato, por sua vez, foi de R$ 3,875.

O preço levado em consideração no levantamento, no entanto, é o médio e, portanto, pode variar de acordo com a região. Diante disso, enquanto na região norte o preço médio registrado foi de R$ 4,763 (o maior entre as pesquisadas), o preço da gasolina na região sul foi, em média, R$ 4,568. A ANP avaliou o preço praticado por 5.776 postos de combustível.

A boa notícia, porém, é para quem abastece seu veículo com diesel. Combustível mais utilizado pelos caminhoneiros que paralisaram o País no mês de maio reivindicando, entre outras coisas, um subsídio para controlar o preço do combustível, o diesel teve uma leve alta de apenas 0,05% e fechou a semana com um preço médio de R$ 3,640 por litro.

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Já o etanol, opção para motoristas que têm carros flex também aumentou, no caso 0,82%, e fechou a semana custando R$ 2,831 o litro, em média.

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Preço da gasolina e demais combustíveis está no foco

Preço da gasolina sofre com nova política de reajustes que gerou lucro recorde da Petrobras, mas grandes aumentos para o consumidor
Reuters/Ueslei Marcelino
Preço da gasolina sofre com nova política de reajustes que gerou lucro recorde da Petrobras, mas grandes aumentos para o consumidor

Desde que a greve dos caminhoneiros paralisou o País, o preço dos combustíveis está no centro da pauta do governo e da população. Responsável por influenciar a maioria dos demais preços já que quase todos os setores da economia dependem do custo do transporte de cargas, ele foi alvo de críticas desde que a Petrobras implantou sua nova política de preços que repassa ao mercado, quase que diariamente, as variações do preço do petróleo internacional e ainda a variação do dólar.

Desde o início da nova metodologia, o preço da gasolina nas refinarias acumula alta de 69,62% e o, do diesel, valorização de 69,46%, o que vem desagradando muitos setores que dependem do transporte para realizar suas operações e os consumidores finais de maneira geral. Isso porque, apesar do reajuste da Petrobras não ser "direto na bomba" de combustível, os donos de postos estão repassando o reajuste para os motoristas pouco a pouco.

Nessa semana, por exemplo, mesmo após a estatal ter anunciado que manteve o preço médio do litro de gasolina em R$ 2,2514 nas suas refinarias durante toda a semana, houve repasse de aumento aos consumidores. A última alta foi registrada nas refinarias ocorreu no dia 13  quando a empresa aumentou o preço do produto em 0,98%. Na véspera, dia 12, a Petrobras já tinha anunciado aumento de 1,02% .

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Em resposta às críticas, no início do mês, a Petrobras anunciou que realizará uma flexibilização na sua política de preços que permitirá aumentar os intervalos de reajustes no preço da gasolina nas refinarias e dos demais combustíveis em até 15 dias. Segundo a estatal, será adotado um mecanismo de proteção financeira (conhecido como hedge) que dará a opção de mudar a frequência dos reajustes diários no mercado interno.

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