Em agosto, segundo dados divulgados pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 3,775 bilhões. Resultado, o pior para o mês desde 2015 (US$ 2,685 bilhões), é 32,5% menor do que o verificado no mesmo período do ano passado (US$ 5,592 bilhões).
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No acumulado dos oito primeiros meses de 2018, a balança comercial já registra superávit de US$ 37,811 bilhões. O valor é 21,8% inferior ao anotado no mesmo período do ano passado.
Segundo o MDIC, o recuo do saldo da balança no mês passado é consequência do maior crescimento das importações em relação às exportações. As vendas externas somaram US$ 22,552 bilhões, uma alta de 15,8% em relação a 2017, enquanto as importações cresceram 35,3% e chegaram a US$ 18,777 bilhões.
Balança comercial por setor
O secretário de Comércio Exterior do MDIC, Abrão Neto, destacou que o país bateu recordes, tanto em valor quanto em quantidade, nas exportações de soja em agosto. O petróleo bruto, o minério de ferro, os aviões e as plataformas de petróleo também tiveram resultado positivo no período.
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No último mês, as exportações de produtos básicos subiram 16,4%, com destaque para o farelo de soja (46%), a soja em grão (43,7%) e o minério de ferro (43,1%). As vendas de manufaturados também cresceram (35,1%) em relação a 2017, tendo a exportação de uma plataforma de petróleo para o Panamá como carro-chefe.
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As exportações de semimanufaturados, porém, caíram 24,2%, puxadas principalmente pelos produtos de ferro e aço (-85,2%), açúcar bruto (-48,3%) e couros e peles (-31,2%).
Em relação às importações, as compras de bens de capital (como máquinas e equipamentos usados na produção, por exemplo) aumentaram 158,2% ante agosto do ano passado. Também subiram as importações de combustíveis e lubrificantes (55,4%), bens intermediários (16,2%) e bens de consumo (13,7%).
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Projeções
Em 2017, a balança comercial fechou o ano com superávit recorde de US$ 67 bilhões, muito beneficiada pela supersafra e pela valorização das commodities. Para este ano, por causa da estabilização do preço dos bens primários e da recuperação da economia, o MDIC manteve a estimativa de superávit em torno de US$ 50 bilhões.
*Com informações da Agência Brasil