A estimativa para a inflação voltou a cair pela segunda semana seguida. Segundo a publicação do Boletim Focus desta segunda-feira (23), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi reduzido de 4,15% para 4,11%.
Já a estimativa para a inflação em 2019 é de 4,10%, de acordo com instituições financeiras – o que significa que é a mesma há cinco semanas seguidas. Em 2020, o IPCA será de 4%. Para 2021, a projeção apontada no Boletim Focus sofreu queda esta semana, de 4% para 3,95%.
As estimativas trazidas pelo mercado estão todas abaixo do centro da meta , que será perseguida pelo Banco Central (BC) este ano e em 2019. Em 2018, o centro é de 4,5%, com limite inferior de 3% e superior de 6%. No ano de 2019, a previsão é de 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%.
Leia também: Governo reduz previsão do PIB e aumenta expectativa da inflação para 2018
Em relação a 2020, a meta é de 4%. E, em 2021, é de 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para os dois anos – ou seja, 2,5% a 5,5% em 2020, e de 2,25% a 5,25% em 2021.
Você viu?
BC e o “controle” para a estimativa da inflação
O BC trabalha com a taxa básica de juros, a Selic, para alcançar a meta da inflação, que atualmente é de 6,5%. Desse modo, para o mercado financeiro, ela deve ficar em 6,5% até o final deste ano, e aumente ao longo do ano que vem até chegar a 8%.
Aumentando a taxa básica de juros, o mercado financeiro espera que o Comitê de Política Monetária (Copom) contenha a demanda de consumo, já que isso causa reflexo nos preços, pois os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam os rendimentos da poupança e de outros investimentos.
Já quando o Copom diminui os juros básicos da economia, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação. Sendo assim, a manutenção da Selic no mesmo patamar atual, como prevê e torce o mercado financeiro, indica que o Copom considera as alterações anteriores suficientes para chegar à meta da inflação oficial de 2018.
Projeção do mercado para o PIB
O Boletim Focus ainda aponta a projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no País, sendo de 1,5% em 2018 – mesma estimativa da última semana. Já em 2019, a estimativa segue em 2,50%. Para 2020 e 2021, instituições financeiras calculam o crescimento em 2,50%.
Leia também: Brasil perdeu 661 vagas de emprego em junho, aponta Caged
Além da estimativa para a inflação
e para o crescimento da atividade econômica, o Focus traz a previsão do mercado financeiro para a cotação do dólar permanece em R$ 3,70 no final deste ano. Para o fim de 2019, passou de R$ 3,68 para R$ 3,70.
*Com informações da Agência Brasil