Funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) em todo País decidiram cruzar os braços por tempo indeterminado a partir das 22 horas deste domingo (11). De acordo com a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), a categoria é contra a privatização da estatal, os cortes na empresa e a falta de segurança nas agências.
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O plano de saúde da categoria também é uma das principais reclamações. Na segunda-feira (12), o Tribunal Superior do Trabalho (TST) vai fazer o julgamento do assunto. Segundo a Fentect, atualmente o salário médio dos funcionários dos Correios é de R$ 1600. A categoria teme ter que arcar com mensalidades no plano e a retirada de dependentes. Além disso, o benefício poderá ser reajustado conforme a idade, chegando a mensalidades acima de R$ 900,00.
A categoria também protesta a favor da contratação de novos funcionários via concurso público, o fim dos planos de demissão e contra a extinção do cargo de Operador de Triagem e Transbordo (OTT), que, de acordo com a Fentec, é importante para o movimento do fluxo postal interno.
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A Federação destaca ainda que houve redução da carga horária e os salários dos trabalhadores administrativos, como reflexo da reforma trabalhista. E que a situação tende a "piorar", após a empresa anunciar o fechamento de mais de 2500 agências próprias, por todo o Brasil. A reportagem do iG procurou a estatal para comentar o assunto, mas não obteve retorno até a públicação desta matéria.
Taxa extra no Rio
No último dia 9, a ECT informou que suspendeu a cobrança da taxa extra de R$ 3 para entregar encomendas na cidade do Rio de Janeiro. A suspensão ocorreu depois de decisão da Justiça Federal. A liminar do juiz federal Firly Nascimento Filho atendeu o pedido do Procon-RJ, órgão de Proteção e Defesa do Consumidor do estado.
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Desde o dia 6 de março, os Correios começaram a cobrar uma taxa extra de R$ 3 para encomendas com destino ao Rio. O motivo seria a elevação dos custos da entrega por causa da violência no município. No entanto, o Procon alegou na ação que a taxa é abusiva e discriminatória.