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Desemprego: 2017 teve 10,7 milhões de empregados sem carteira de trabalho assinada
CNM/CUT
Desemprego: 2017 teve 10,7 milhões de empregados sem carteira de trabalho assinada

O trimestre encerrado em dezembro de 2017 apresentou mais uma retração nos índices econômicos do país, com o menor índice de desemprego registrado no ano: 11,8% da população. Embora o resultado mostre certa recuperação sobre o quadro de desocupação, a média anual fechou em 12,7%, a maior taxa da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012.

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Segundo o balanço divulgado nesta quarta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ), o  desemprego  no trimestre encerrado em dezembro foi de 0,6 ponto percentual (p.p) menor em relação ao registrado nos meses de julho, agosto e setembro de 2017.

Em números, o índice significa que há 12,3 milhões de pessoas desempregadas, e mostra diferença de 650 mil trabalhadores em relação à marca do trimestre anterior, que foi maior. Já sobre a média anual de desocupados, entre os anos de 2014 e 2017, a contagem passou de 6,7 milhões para 13,2 milhões.

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População empregada

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) também apurou a relação de pessoas empregadas, e constatou o crescimento de 0,9% frente ao trimestre fechado em setembro, com mais 811 mil pessoas ocupadas para totalizar a nova marca de 92,1 milhões.

Embora o indicador tenha mostrado melhora, o IBGE traz um contraponto, já que houve recuo de 2% no número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado em comparação entre os iguais trimestres de 2017 e 2016. Nos dois últimos trimestres de 2017 o quadro foi de estabilidade.

Por outro lado, o número de empregados sem carteira assinada na área privada apresentou crescimento de 5,7% em relação aos iguais trimestres encerrados em dezembro de 2016 e 2017, o que significa 598 mil pessoas a mais. Em comparação ao trimestre anterior, o índice se manteve estável.  

O grupo estimado em 11,5 milhões de pessoas de empregados no setor público, incluindo servidores estatuários e militares, se manteve estável tanto no comparativo trimestral quando no anual.

Já a categoria dos trabalhadores por conta própria (TCP) registrou crescimento tanto na comparação anual quanto na trimestral, uma vez que subiu, respectivamente, 1,3% e 4,8%. Vale destacar que o índice frente a 2016 é resultado da alta de mais de 1,1 milhão de pessoas trabalhando por conta própria.

A classe dos trabalhadores domésticos também cresceu em ambas as comparações. Segundo o último levantamento, ao menos 6,4 milhões de pessoas compõem a categoria que cresceu 3,1% no confronto com o trimestre de julho a setembro de 2017. Já na comparação com o trimestre de outubro a dezembro de 2016, a alta foi de 4,3%.

O rendimento médio real habitual apresentou um tímido crescimento na comparação entre os dois últimos trimestres de 2017, uma vez que passou de R$ 2.134 para R$ 2.154. No mesmo trimestre de 2016, o valor era de R$ 2.120.

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Sobre o quadro de desemprego e da alta do número de trabalhadores sem carteira assinada, o coordenador de trabalho e rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, comenta que “o número de trabalhadores com carteira assinada, que já chegou a 36,6 milhões em 2014, agora ficou em 33,3 milhões. Em três anos, perdemos 3,3 milhões de trabalho com carteira”.

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