A taxa de juros do rotativo do cartão de crédito para aqueles que pagam pelo menos o valor mínimo da fatura em dia voltou a cair em julho. Chegando a 223,8% ao ano no mês passado, houve redução de 6,4 pontos percentuais em comparação a junho. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (24), pelo Banco Central (BC).
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Em relação a taxa de juros do rotativo do cartão de crédito , cobrada de consumidores que não pagaram ou atrasaram o pagamento mínimo da fatura, houve acréscimo de 39,3 pontos em julho, passando para 504% ao ano. Desse modo, a taxa média da modalidade de crédito ficou em 399,1% ao ano, com 18,3 pontos percentuais a mais frente a junho.
É importante ressaltar que o rotativo é o crédito tomado pelo comprador quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão. Desde abril, aqueles que não conseguem pagar integralmente a fatura só podem ficar no crédito rotativo por 30 dias.
A nova regra foi fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em janeiro deste ano. Tal medida passou a obrigar as instituições financeiras a transferirem a dívida para o crédito parcelado, uma vez que possuem taxas menores. A taxa do crédito parcelado apresentou alta de 1,6 ponto percentual, ao passar para 159,5% ao ano.
Juros do cheque especial
Também em julho, a taxa de juros do cheque especial passou para 321,3% ao ano, evidenciando uma queda de 1,3 ponto percentual se comparada ao mês anterior. Já a taxa média de juros para as famílias acresceu 0,4 ponto percentual, indo para 63,8% ao ano, enquanto as das empresas subiu 0,5 ponto percentual, passando para 25,3%.
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A inadimplência do crédito, referente aos atrasos superiores a 90 dias, para pessoas físicas, registrou taxa de 5,7% – resultado 0,1 ponto percentual menor frente a maio. Para pessoas jurídicas, a taxa chegou a 5,5%, com alta de 0,2 ponto percentual. Os dados pertencem ao crédito livre, onde os bancos podem aplicar dinheiro captado no mercado de forma autônoma.
No que se diz respeito ao crédito direcionado – abrangente a empréstimos com regras definidas pelo governo, destinados, basicamente, aos setores habitacional, rural e de infraestrutura – houve queda de 0,2 ponto percentual nos juros para as pessoas físicas, indo para 9% ao ano.
A taxa cobrada das empresas registrou acréscimo de 0,1 ponto percentual, para 11,8% ao ano. Enquanto a inadimplência das famílias teve elevação de 0,2 ponto percentual, para 2,1% e das empresas, reduziu em 0,1 ponto percentual, com 1,9%.
Além dos resultados da taxa de juros do rotativo do cartão de crédito, o BC mostrou que o saldo de todas as operações de crédito disponibilizadas pelos bancos ficou em R$ 3,062 trilhões, com baixa de 0,6%. Houve retração de 1,7% em 12 meses e de 0,4 ponto percentual no Produto Interno Bruto (PIB), com volume de 47,8%.
*Com informações da Agência Brasil
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