O governo só pretende vender ações da Eletrobras se o interesse de investidores no processo de abertura de capital não fizer a União ter menos de 50% das ações na distribuição final da companhia. De acordo com o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, a venda direta de parte das ações da União sobre a companhia só deverá ser realizada em último caso.
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"A ideia que foi colocada aqui no Conselho [de Parceria Público-Privada] é que inicialmente não tenha venda de nenhuma ação [da Eletrobras ] por parte da União, do BNDES e dos fundos [de pensão]. Porém, se a diluição de capital por emissão de novas ações não for suficiente para a perda do controle, podemos sim, colocar algumas ações à venda, mas não é essa a proposta inicial", disse.
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Segundo ele, a ideia é diluir o controle antes de pensar em qualquer venda. O governo pretende detalhar no início da próxima semana o modelo de desestatização da Eletrobras. "A venda de ação não conta para abater do cálculo primário. Essa oferta vai ser feita ao mercado, mas a modelagem de como será feita ainda está sendo discutida com os ministros do Planejamento e da Fazenda", disse o ministro.
Uma companhia pode ser desestatizada de duas formas. A primeira é pela venda direta de parte das ações do governo até que a União tenha menos de 50% da empresa. A segundoa é por meio da abertura de capital por meio da qual investidores privados injetam dinheiro na companhia na bolsa de valores.
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Ainda que mantenha as ações existentes, a União ficará com menos de 50% dos papéis da Eletrobras, pois o capital total da companhia aumentou. Em nenhuma das modalidades, o governo arrecada recursos para cumprir a meta de R$ 159 bilhões de deficit primário, resultado negativo nas contas desconsiderando os juros da dívida pública. Isto porque os recursos são financeiros e não entram no Orçamento da União.
* Com informações da Agência Brasil.