O presidente da Petrobras, Pedro Parente, disse nesta terça-feira (1º) que a estatal permanece alerta para projeções de queda na demanda por petróleo no longo prazo. Segundo ele, o crescimento da demanda por energias renováveis, mudança de padrões e a necessidade de avanços tecnológicos para energia mais limpa, apotnam para uma redução da busca por produtos da empresa, sobretudo o óleo.
Leia também: Faturamento da indústria recua 5,9% no primeiro semestre, diz pesquisa
“Isso leva realmente à discussão de um novo paradigma da nossa indústria. Na nossa cadeia, desde a apuração à produção, é uma indústria que enfrenta um desafio bastante relevante", afirmou. Segundo o presidente da Petrobras , "embora não possamos contar com isso como segurança de longo prazo, temos a nosso favor que essas mudanças sejam um pouco mais lentas na nossa indústria do que nas demais, mas é um processo em aceleração".
Leia também: Copom avalia que pode manter o ritmo de corte da Selic, confira a análise
Você viu?
Segundo Parente, todas as projeções levam ao declínio da participação do petróleo no consumo de energia – hoje na casa dos 60% – em velocidade mais baixa até 2035. No pior dos cenários, mostrou que essa participação pode chegar a 20% em 2040. "A participação dos combustíveis fósseis se reduz em todos os cenários, mas ainda não se sabe qual negócio vai substituir a oferta de óleo e gás na matriz energética do futuro", disse.
O presidente da estatal evitou realizar projeções e adiantar números sobre os resultados da estatal que divulgará, nos próximos dias, o balanço do segundo trimestre do ano. O planejamento impede que dados relacionados ao desempenho e às estratégias futuras da empresa sejam compartilhados. Ainda assim, Parente afirmou que a situação financeira melhorou, com base no balanço do primeiro trimestre e que há um longo caminho a percorrer.
Leia também: Balança comercial tem melhor resultado da história para meses de julho
O presidente da Petrobras disse ainda que o início das parcerias fez com que a produção de petróleo da estatal crescesse consideravelmente. Na produção de derivados, há poucas empresas concorrentes. "O ambiente regulatório tem avançado ultimamente, mas ainda há espaço para melhorias", disse Perente. Para ele, o monopólio da estatal sobre a exploração da camada do pré-sal foi prejudicial para o país, pois retardou o desenvolvimento e a exploração nessa área.
* Com informações da Agência Brasil.