O faturamento da indústria acumulado no primeiro semestre deste ano registrou queda de 5,9% na comparação com o mesmo período de 2016. Segundo dados divulgados nesta terça-feira (1º) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), as horas trabalhadas recuaram 3,3%, o emprego caiu 3,9% e a massa real de salários encolheu 3,5%. Ao mesmo tempo o rendimento médio real do trabalhador cresceu 0,5%, principalmente por conta da inflação.
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Ainda de acordo com o levantamento, o segundo trimestre deste ano foi marcado pela oscilação da atividade e do emprego na indústria . Segundo a CNI, em abril, os dados foram negativos; em maio, o desempenho foi revertido; e em junho, houve queda de faturamento, horas trabalhadas, utilização da capacidade instalada e do emprego. O rendimento e a massa salarial, no entanto, cresceram durante o trimestre.
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"Embora o prolongado período de queda de atividade e de piora do mercado de trabalho tenha ficado para trás, os indicadores industriais ainda não mostram recuperação", afirmou a CNI, em relatório sobre a pesquisa. "Essa oscilação faz com que a atividade industrial e o emprego mantenham-se em patamares inferiores ao já fraco ano de 2016".
Queda em menor ritmo
Em junho, o faturamento do setor industrial registrou queda de 2,4% na comparação com maio. No mesmo período, as horas trabalhadas na produção caíram 1,3%, nas séries livres de influências sazonais. Ainda segundo a pesquisa, se por um lado o emprego na indústria recuou 1,6% em junho, por outro o rendimento médio real do trabalhador aumentou 1,6% no intervalo, na série de dados dessazonalizados.
A utilização da capacidade instalada em junho deste ano ficou em 77%, com resultado 0,3 ponto percentual abaixo do registrado no mesmo mês de 2016. Com isso, a ociosidade da indústria subiu para 23%. Nesta terça-feira, também foi divulgada a Pesquisa Industrial Mensal Produção Física Brasil (PIM-PF), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. O levantamento aponta crescimento de 0,5% da produção industrial no primeiro semestre deste ano, comparado com o mesmo período do ano anterior.
* Com informações da Agência Brasil.