As fintechs, empresas de tecnologia com foco no mercado financeiro, tornaram-se aliadas dos correntistas de diversos bancos atuantes no Brasil. Segundo pesquisa realizada pelo Relatório Mundial sobre Bancos do Varejo, feita pela Capgemini e pela Efma, três em cada quatro consumidores, correntistas de algumas das instituições usam serviços desenvolvidos por, pelo menos, uma empresa de tecnologia.
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O estudo apontou ainda que, de todos os usuários, quase 70% deles indicariam suas fintechs aos familiares e amigos próximos. Quando a pergunta é feita sobre os bancos, apenas 48% indicariam uma instituição financeira a alguém.
Aproveitando o grande sucesso dessas empresas no Brasil, Marcio Kogut, que está à frente da Kogut Labs, empresa especializada em consultoria e inovação corporativa, apresenta quatro dicas para quem quer investir no segmento.
1 - Modelo facilitador
O especialista indica ao investidor procurar por uma operação que atue como um facilitador ao cliente. “É aquele sempre focado em resolver as dores e as necessidades dos usuários, principalmente a dos atuais e futuros clientes da geração CX - Customer Experience ”, explicou Kogut. Ser uma solução verdadeiramente inovadora, com propósito específico e estar em um mercado de nicho é essencial. Ter em mente a experiência do consumidor deve ser ponto de atenção ao investidor disposto a apostar neste nicho crescente.
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2 - Entenda os diferentes modelos
Antes de investir em uma empresa de tecnologia é importante conhecer a fundo todos os modelos de fintechs e a proposta de cada startup que pretende aportar algum valor. No setor retratado, existem variados modelos de negócios, sendo eles: abertura e gerenciamento de contas, cartão de crédito digital, empréstimo e financiamentos, pagamentos online, ativos financeiros e investimentos. Logo, estude cada uma delas para evitar se frustrar futuramente.
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3 – Investir neste nicho implica em riscos
Assim como em qualquer investimento os riscos existem e por se tratar de uma startup, os riscos são relativamente mais altos. “Não é nada fácil criar uma startup de tecnologia financeira e ser bem-sucedido independentemente do quão ambiciosa e disruptiva ela possa ser”, explicou o especialista.
Em média 90% das startups morrem antes de atingir o ponto de equilíbrio, ou breakeven. No caso de uma fintech as probabilidades de falhas são ainda maiores devido a fatores como legislação e regulamentação do Banco Central e também da concorrência com grandes bancos e instituições financeiras que já acordaram para participar desse novo mercado com estratégias agressivas e com capital interminável para investimento.
4 - Momento econômico
Saber se os propósitos da startup estão em linha com a conjuntura econômica e as perspectivas futuras do País também devem estar na mira do investidor. “Estamos vivendo em um momento econômico turbulento no Brasil, e gostando ou não, a economia irá desempenhar um papel importante para o sucesso ou fracasso das operações”.
Para concluir, Marcio Kogut explicou que o investimento-anjo em fintech na hora certa, de maneira mais analítica e com menos chute pode dar um retorno financeiro gigantesco ao anjo. “Mas lembre-se, por se tratar de uma empresa de tecnologia executando operações financeiras sensíveis a diversos fatores, investir em fintechs sempre será um risco ainda maior, pois um movimento errado pode custar à credibilidade e enterrá-la para sempre”.
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