O Banco Central (BC) continua com as medidas para conter a alta da cotação do dólar. Foi informado no final da quinta-feira (18), a realização de outros três leilões de swap cambial tradicional, sendo realizados nesta sexta-feira (19), segunda-feira (22) e terça-feira (23). A operação equivale à venda de dólares no mercado futuro e ajuda a segurar à alta ou a forçar a queda da moeda norte-americana.
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O Banco Central informou ainda que a quantidade ofertada em cada leilão será de 40 mil contratos, e que as condições dos mesmos serão informadas ao mercado antes de cada leilão. Com os leilões, o BC espera conseguir conter a volatilidade do dólar comercial . Nesta sexta-feira (19) ele apresentou queda de 2%, cotado a R$ 3,30. A cotação é um pequeno alívio após a moeda-norte americana atingir alta de 7,9% em um dia e fechar cotado em R$ 3,38.
A autoridade monetária fez quatro intervenções no mercado cambial durante a quinta-feira (18). Mesmo assim, a moeda norte-americana fechou o dia cotada a R$ 3,38, com alta de 7,9%, reagindo à crise política instalada após divulgação de parte do conteúdo da delação dos empresários Joesley Batista e Wesley Batista, donos do grupo JBS. O BC destacou no comunicado que “permanece atento às condições de mercado e, sempre que julgar necessário, poderá realizar operações adicionais de swap”.
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Reunião
No final da tarde, o presidente do BC, Ilan Goldfajn, informou que a autoridade monetária trabalhará para manter a funcionalidade do mercado. A afirmação aconteceu pouco antes de Goldfajn se encontrar com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, para analisar os efeitos nocivos do escândalo político deflagrado na quarta-feira (17).
“Estamos fazendo nosso papel de manter a funcionalidade do mercado trabalhando de forma serena, de forma firme, usando os instrumentos que a gente tem. Nós estivemos intervindo no mercado de swaps [leilão de dólares] em coordenação com o Ministério da Fazenda e o Tesouro Nacional, que anunciou alguns leilões. Estamos trabalhando para atravessar esse período”, disse.
O presidente do BC não quis comentar possíveis efeitos da atual crise política sobre a Selic , taxa básica de juros da economia, atualmente em um ciclo de queda e que caiu um ponto percentual, para 11,25%, na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central em abril.
“A questão que estamos trabalhando hoje não tem relação mecânica e direta com a política monetária. A política monetária é uma decisão que será tomada nas reuniões ordinárias do Copom, baseada nos objetivos tradicionais do comitê”, disse o presidente do Banco Central Goldfajn. A próxima reunião do comitê ocorre em 30 e 31 de maio.
*Com informações da Agência Brasil
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