Na quarta-feira (19), a General Motors (GM) anunciou o encerramento de suas atividades na Venezuela, devido à tomada de uma de suas unidades, no centro de Valencia, por autoridades do país.

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De acordo com informações de agências internacionais, além da inesperada tomada das autoridades, ativos da companhia, como por exemplo, veículos, também foram retirados ilegalmente do estabelecimento localizado na Venezuela . Assim, a GM se pronunciou afirmando que tomará todas as medidas para defender seus direitos.

Após ocorrido na unidade de Valencia na Venezuela, GM afirma que tomará as medidas necessárias para defender seus direitos
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Após ocorrido na unidade de Valencia na Venezuela, GM afirma que tomará as medidas necessárias para defender seus direitos

A montadora ainda destacou que pagará os benefícios detidos pelos trabalhadores que serão demitidos em função do fechamento da unidade, que era a mais antiga fábrica de veículos do país. No total, a GMV emprega 2.678 pessoas, além de contar com 79 pontos abrangentes a 3.900 funcionários.

Vale lembrar que o ocorrido se deu em meio a uma série de manifestações e diante de uma crise econômica, que se intensifica cada vez mais no país. Em relação à indústria automobilística, o cenário também é caótico e preocupante, uma vez que diferentes empresas do ramo estão sendo afetadas devido a escassez de matéria-prima e um rígido controle monetário, o que impacta diretamente a produção local.

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Cenário atual

Em 2014, a Venezuela já estava sendo permeada pela falta de produtos básicos, inflação e uma forte insegurança e instabilidade econômica. Outro fator determinante no período foi o início das manifestações de estudantes e opositores do governo de Nicolás Maduro. Os atos políticos continuaram a ocorrer ao longo dos anos, sendo marcados por conflitos violentos e a morte de 42 pessoas.

Atualmente, a situação econômica e política do país tem se agravado, passando a ter a maior inflação do mundo segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI). Uma "crise humanitária" também é pautada devido a falta de remédios. 

O aumento da criminalidade, o racionamento de energia e a falta de produtos considerados básicos, potencializaram um descontentamento na população, além da crescente execução de saques e protestos.  Os problemas sociais da Venezuela também se intensificaram com a dependência da importação de bens, o severo controle estatal referente a produção e distribuição de produtos e a queda do preço do petróleo.

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