Operação Carne Fraca: JBS anuncia férias coletivas após queda nas vendas
Empresa investigada irá interromper produção em algumas das fábricas para "ajustar volumes de produção e normalizar níveis de estoques de produtos"
Por Brasil Econômico | * |
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Em nota divulgada nesta quarta-feira (29), a JBS , maior processadora de carnes do mundo, informou que a medida terá validade a partir da próxima segunda-feira (3) em uma planta industrial de São Paulo, três em Mato Grosso do Sul, uma em Goiás, quatro em Mato Grosso e uma no Pará.
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Segundo a empresa, a retração das vendas no mercado interno nos últimos dez dias e os embargos temporários impostos por outros países à carne brasileira exigiram a tomada da decisão. O objetivo é "ajustar os volumes de produção e normalizar os níveis de estoques de produtos para os clientes do mercado externo que ficaram represados durante esse período, de forma a não sobrecarregar os sistemas de recebimento e estocagem dos mesmos.". O comunicado também adiantou que os 20 dias previstos inicialmente poderão se estender por mais dez.
Empregos no setor
A Confederação Nacional dos Trabalhadoras na Indústrias de Alimentação e Afins (Cnta) também se manifestou por meio de nota para mostrar a preocupação com a concessão das férias coletivas na JBS. Em audiência pública realizada pela Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal nessa terça-feira (28), a entidade já tinha proposto a criação de um compromisso público-privado pela manutenção dos empregos por pelo menos seis meses.
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"Entendemos que o trabalhador não pode pagar pelas consequências de atos que não foram cometidos por eles e que o governo deve intervir junto aos frigoríficos, principalmente, aqueles ligados aos grupos JBS, que foram financiados com verba pública e, inclusive, contam com participação acionária do BNDES", argumenta a Cnta.