Pesquisa identifica o hábito de consumo das pessoas acima de 60 anos
Expectativa é que em 20 anos quase 40% da população brasileira seja composta por consumidores com mais de 60 anos; veja os dados da pesquisa
Por Brasil Econômico |
Com a perspectiva de que em 20 anos quase 40% da população brasileira será composta por pessoas acima de 60 anos – parcela essa considerada idosa –, entender o hábito de consumo desses brasileiros será motivo de atenção para empresas de comércio e serviço no País.
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Pensando em antecipar essa tendência, mesmo a parecer distante, a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) fez um estudo para compreender como é o hábito de consumo das pessoas com 60 anos ou mais.
Segundo o presidente da SBVC, Eduardo Terra, a pesquisa tem como intuito se aprofundar na jornada de compra da população que se encontra atualmente na melhor idade. “Fizemos esse levantamento para analisar os fatores que levam este público a consumir, que aspectos eles mais prezam em suas compras e a presença do varejo digital entre essa população. Além disso, avaliamos a experiência de compra e os aspectos mais valorizados na hora da compra de produtos e serviços”, disse.
Resultados
A SBVC apontou que dentre os mais de 400 participantes da pesquisa, 86,4% deles afirmaram ser os responsáveis pelo controle das finanças e são os tomadores de decisão na hora da compra. Outros 8% disseram que essas tarefas ficam por conta do cônjuge, o que aponta que menos de 5% da parcela nessa idade dependem do parceiro financeiramente.
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Dentro de seu orçamento mensal os custos com alimentação ficam em R$ 892, seguido por moradia com R$ 805 e saúde com custo de R$ 758, valores esses médios. Esses custos apontam que essa parcela da população tem que ter, ao menos, R$ 2.488 por mês para arcar com as despesas básicas.
Na hora de abastecer a dispensa, 55% deles afirmaram ir a redes de supermercados semanalmente, sendo que 62% deles fazem a compra sempre no mesmo local. Outros 62% afirmaram que preferem fazer suas compras em hortifrútis. As feiras livres, as tradicionais feiras de bairro, fazem parte da rotina de 21% desses consumidores. Em contrapartida, 32% deles afirmaram nunca ir a feiras. Outros 5% disseram ir a armazéns abastecer a dispensa semanalmente, enquanto 56% afirmaram preferir outro local.
“Percebe-se que o consumidor com mais de 60 anos, ao mesmo tempo em que utiliza super e hipermercados, tradicionais e de vizinhança, em seu mix de consumo, também vai aos hortifrútis para o abastecimento de itens perecíveis”.
Apontamentos
A experiência de compra entre essa parcela da população requer atenção das empresas, uma vez que encarar as filas para o caixa foi motivo de queixa para 84,2% daqueles que frequentam supermercados e para 69,2% que vão a hipermercados.
Nos shopping centers, esse item foi o segundo maior motivo de críticas, com 52,6% de citações na pesquisa. Além disso, a falta de atendimento também foi mencionada de forma recorrente como um fator prejudicial à experiência de compra, com 52,6% das menções em supermercados e hipermercados, 23,1% nos mercados locais e 21,1% nos shopping centers.
Compras online fazem parte da rotina de consumo dessa parcela da população com 70% dos entrevistados que afirmaram já ter feito compras em lojas virtuais. Dentro dessa parcela, 23,9% afirmaram usar o smartphone para aquisção de produtos e serviços neste canal.
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