Intenção de Consumo atinge maior pontuação desde junho de 2015, diz Fecomercio

Menor dificuldade no crédito, diminuição dos juros e liberação dos valores nas contas inativas do FGTS aumentou pontuação do item Renda Atual

Nesta quarta-feira (29) o Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) foi divulgado e revelou alta de 1,5% no comparativo entre os meses de março e fevereiro, com o registro de 78,7 pontos. A marca é o maior patamar atingido desde junho de 2015, quando a pontuação foi de 81,7 pontos.

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Consumo: menor dificuldade na obtenção de crédito, diminuição dos juros e liberação dos valores nas contas inativas do FGTS  aumentou percepção do consumidor sobre a Renda Atual
Foto: EBC
Consumo: menor dificuldade na obtenção de crédito, diminuição dos juros e liberação dos valores nas contas inativas do FGTS aumentou percepção do consumidor sobre a Renda Atual

O balanço elaborado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços, e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP) é realizado mensalmente e varia de zero a 200 pontos, sendo que abaixo dos 100 pontos significa insatisfação e acima, satisfação com o consumo . Além disso, também foi apurado que em relação a março de 2016, o crescimento foi de 11,6%.

De acordo com a Fecomercio-SP, cinco dos sete itens avaliados registraram alta no mês apurado. Perspectiva de Consumo foi a categoria que mais cresceu no indicador geral, com a variação positiva de 6,9%, o que fez o item atingir 73,9 pontos.

Cerca de 48% dos entrevistados pela pesquisa disseram que pretendem gastar menos nos próximos meses, o que mostra certo crescimento de confiança dos paulistanos. Em março de 2016, a porcentagem era de 63%.

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Curto prazo

Já quando o assunto é curto prazo, 62% das pessoas que participaram da pesquisa avaliaram que o atual o consumo está menor em relação ao ano passado.

E por causa dessa observação que o Nível de Consumo Atual apresentou retração de 7,7% e registrou a pontuação – bem abaixo da média – de 46 pontos. De acordo com a Federação esse item apresentou, nos últimos registros, uma sequência de seis altas. De acordo com a Fecomercio-SP, a variação negativa se deve à outra categoria, Momento para Duráveis, a qual registrou baixa de 2,2% ao atingir 55,7 pontos.

Segundo a entidade, o motivo pela variação negativa é o término do período das tradicionais liquidações de início de ano.

A Fecomercio-SP também avaliou que, como a dificuldade na obtenção de crédito para compras financiadas está em redução, houve contribuição ativa para que o item Renda Atual passasse de 84,8 pontos em fevereiro de 2017 para 88,2 pontos no mês de março do mesmo ano, a variação significa uma alta de 4%. Outro fator que impulsionou a categoria foi a liberação dos saldos nas contas inativas no Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

Emprego

Emprego Atual e Perspectiva de vida obtiveram altas respectivas de 0,7% e 1,9% e são as únicas categorias que estão acima da média, com pontuações – na mesma ordem – de 101,7 e 112,9 pontos.

Como a inflação já está perto de bater o centro da meta, de 4,5%, e o juros vem apresentando queda é normal que o ICF apresente crescimento, segundo a Fecomercio-SP. Esse quadro – positivo para o consumo - pode ser visto também no aumento das vendas no comércio da capital paulista, que cresceu 0,6% no ano passado, o que alimenta cada vez mais as expectativas dos empresários do setor para um 2017 positivo.

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