De acordo com pesquisa realizada pela Deloitee, mais de um terço dos brasileiros estão em situação financeira melhor do que no início de 2016. No total, 34% dos entrevistados fizeram esta afirmação, enquanto outros 37% disseram estar na mesma condição de um ano atrás.
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Um grupo que coresponde ao total de 27% dos participantes da pesquisa afirmou estar em situação financeira pior do que estavam no começo do ano passado. Outros 2% não quiseram responder ao questionário.
Além disso, a pesquisa, chamada de “Hábitos e tendências de consumo do brasileiro no início de 2017”, também reforça que o brasileiro que pretendia fazer compras neste início de ano estava muito interessado em descontos e em preços mais baixos para efetivar suas aquisições.
No que diz respeito às grandes liquidações de começo de ano, 63% dos participantes destacaram que o fator “maior desconto para pagamento à vista” é o mais valorizado no momento da compra, seguido por promoções do tipo compre um e leve dois, com 44% de citações. As ofertas de produtos de mostruário com preços reduzidos também atraíam a atenção de 31% dos consumidores.
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“Nesse ponto, o consumidor brasileiro recebeu um bom incentivo recentemente, com a publicação da MP (medida provisória) 764/2016, no final do ano, que autoriza os comerciantes a cobrarem preços diferentes para um mesmo produto, dependendo da forma de pagamento escolhida pelo cliente (com cartão de crédito ou de débito, dinheiro à vista, crediário e outras). A medida veio acabar com uma insegurança jurídica que atingia os varejistas, já que esse tipo de diferenciação na cobrança era oficialmente proibido, bem como se tornou um ótimo impulso para melhorar suas vendas”, avalia o responsável pela enquete, Reynaldo Saad, sócio-líder para a indústria de Bens de Consumo e Produtos Industriais da Deloitte Brasil.
Deixando para depois
Apesar da melhora financeira apontada pelos participantes, os consumidores, em sua maioria, estão apreensivos neste começo de ano, adiando para o segundo semestre seus planos de compras ou de gastos, na expectativa de uma melhora do cenário nacional.
Segundo mostra o levantamento, 61% dos participantes da enquete afirmaram que vão postergar para o segundo semestre do ano possíveis gastos com viagens e com a troca de equipamentos eletroeletrônicos. O segundo desejo de compra mais citado, e que ficará para depois para 51% dos pesquisados, está relacionado à troca de eletrodomésticos. A compra ou troca de carro vem em terceiro lugar na lista de desejos postergados para a segunda metade do ano com 45% das referências.
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“Percebemos que as pessoas têm muita vontade de que o Brasil volte logo aos trilhos. Mas, como já tínhamos percebido em nossa Pesquisa de Natal 2016, o consumidor segue cauteloso diante da crise renitente, inclusive com receio de perder seu emprego. É natural, então, que adie seus planos de compra, esperando uma melhora no cenário econômico”, diz Saad sobre a pesquisa que apresenta dados sobre a situação financeira dos brasileiros.