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Muitos já ouviram falar das agências de risco Fitch, a Moody's e a Standard & Poor's (S&P). Mas quantos sabem a importância e a influência na analises dessas empresas representam a um país? Toda vez que uma dessas empresas emite um comunicado, elas informam ao mercado se os investidores podem ou não confiar na economia de uma nação.

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Agências de risco apontam se um país é confiável ou não para investimento
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Agências de risco apontam se um país é confiável ou não para investimento


Esses comunicados dão notas à economia de determinado país e tem como intuito servir de referência para o juro dos títulos públicos, que representam o custo para o governo pegar dinheiro emprestado dos investidores. Essas análises das agências de risco também dão notas aos títulos emitidos por empresas no mercado financeiro e avaliam a capacidade desses emissores em honrar os compromissos assumidos.

Em um resumo simples, quando a Fitch, a Moody's ou a Standard & Poor's emitem um comunicados elas sinalizam se o país corre ou não o risco de dar um calote na dívida pública.

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Quando menor a nota de um país ou de uma empresa, maior a chance de não se pagar a dívida pública. Quando o calote acontece, o título de quem deixou de pagar o débito são denominados de lixo. Porém, quando um país recebe notas altas, ou seja, uma avaliação positiva das agências de risco, amplia a possibilidade de esta nação conseguir recursos (dinheiro) no mercado internacional com custos menores e condições de pagamento favoráveis.

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Boa reputação

Ter uma boa classificação perante as agências de risco atraem um número maior de investidores estrangeiros. Em um exemplo prático, fundos de pensão estrangeiros investem apenas em economias que tenham sido classificadas positivamente, por ao menos, duas agências de classificação de riscos.

Caso contrário – tenha classificação rebaixada, o país passa a ser considerado de grau especulativo, quando a chance de calote. O Brasil entrou na lista de países com grau de investimentos no ano de 2008, sendo a S&P a primeira agência a classificar a economia brasileira com potencial para o recebimento de investimentos. A decisão foi seguida pela Fitch, em maio do mesmo ano, e pela Moody's, em setembro de 2009.

Em 2015, quando a crise econômica se agravou, o Brasil começou a perder as notas positivas que havia recebido das três agências de risco. Em setembro de 2015 a S&P retirou o grau de investimento do País – em dezembro a Fitch reduziu a nota do Brasil para um nível abaixo da categoria de bom pagador –, e concedeu perspectiva negativa, abrindo caminho para que a nota fosse reduzida novamente em fevereiro de 2016. No mesmo mês a Moody's retirou o grau de investimento do Brasil.

* Com informações da Agência Brasil

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