Os gastos com a manutenção da máquina pública, ou seja, o custeio administrativo do governo federal em 2016 caíram para o menor nível em seis anos. Segundo dados divulgados nesta quarta-feira (8) pelo Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, as despesas do governo federal recuaram 2,6%, descontada a inflação no período. Em valores reais, o recuo chega a R$ 953,8 milhões.
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A maior queda nas despesas do governo federal
foi registrada nos gastos com passagens, que caíram 20,5% em termos reais na comparação com 2015. Em seguida, ficaram as despesas com materiais de consumo, com queda de 7,2% no período. Em terceiro lugar, estão os gastos com locação e conservação de imóveis, que teve queda real de 6,3% ante 2015, seguidos pelos gastos com serviços de apoio, com queda de 5,8%.
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Segundo o ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Dyogo Oliveira, a pasta pretende adotar outras medidas para gerar eficiência na alocação de recursos públicos em 2017. "Estamos na fase de teste de novo modelo para transporte de servidores, alteramos várias formas de contratação de serviços e continuaremos trabalhando na forma de contratação de serviços que é a melhor maneira de reduzir gastos", disse Oliveira.
Apesar da queda, os gastos com o item outros serviços – que engloba serviços bancários e de consultorias – cresceram 29,4% em 2016. As despesas com diárias, por sua vez, aumentaram 17,2%. Segundo Oliveira, o crescimento da despesa com diárias está relacionado à realização de eventos como os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro e aos deslocamentos da Força Nacional de Segurança.
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Divulgado a cada três meses pelo Ministério do Planejamento, o Boletim de Custeio Administrativo traz atualizações a respeito das despesas realizadas para manter o funcionamento do governo federal agrupadas em oito itens: serviços de apoio, material de consumo, comunicação e processamento de dados, locação e conservação de bens imóveis, energia elétrica e água, locação e conservação de bens móveis, diárias e passagens e outros serviços.
* Com informações da Agência Brasil.