Estimativas feitas pelo mercado financeiro e divulgadas no boletim Focus, pesquisa semanal do Banco Central (BC), preveem que a taxa básica de juros (Selic) chegue a 9% em 2018. Ao que se diz respeito ao ano de 2017, a projeção da taxa se mantém com o resultado de 9,5%. O mercado financeiro também projeta que a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fique em 4,7% esse ano, com dois pontos percentuais acima ou abaixo, porém perto do centro da meta de 4,5%.
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No início do mês de janeiro, as instituições consultadas para a pesquisa do BC ainda previam a Selic com 10,5% ao ano, ou seja, na casa dos dois dígitos em 2017. Com isso, o mercado tem se mostrado mais otimista após a redução da taxa, realizada na primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
Com projeção de queda de 0,5 ponto percentual, o Copom diminuiu 0,75 ponto percentual. De acordo com o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, esse deve ser o novo ritmo abrangente a redução dos juros. Vale ressaltar que a decisão de potencializar a redução da taxa básica de juros se deu após o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) evidenciar a inflação medida pelo IPCA, que fechou o ano de 2016 com 6,29%.
Também é importante lembrar que a taxa Selic é uma das ferramentas usadas para impactar a atividade econômica, incluindo a inflação. Por isso, quando o Copom aumenta a taxa Selic, a expectativa é de conter a demanda aquecida, o que consequentemente reflete nos preços, uma vez que os juros mais elevados encarecem o crédito e estimulam a poupança.
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Quando o contrário ocorre, e os juros básicos são diminuidos, a meta é fazer com que o crédito fique mais barato por meio de incentivos a produção e ao consumo, reduzindo assim, o controle sobre a inflação.
Projeções
As expectativas das instituições financeiras acerca do crescimento econômico, é de que o Produto Interno Bruto (PIB), que representa a soma de todas as riquezas produzidas pelo Brasil, permaneça em 0,50% em 2017.
Segundo economistas entrevistados pelo Banco Central, há uma leve recuperação no PIB para esse ano, assim como para 2018. A perspectiva é que o Produto Interno Bruto Brasileiro cresça 2,20%.
Inflação
Com a Selic influenciando também a inflação, a estimativa se tornou levemente menor, ao passar de 4,81% para 4,80%. De acordo com o BC, a projeção menor foi influenciada pelo resultado da inflação oficial divulgado pelo IBGE, que ficou em 6,29%.
*Com informações da Agência Brasil
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