Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) apontam que a inflação será menor este ano, assim como a taxa básica de juros - Selic. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) será de 4,80%, valor esse bem próximo à meta para o ano, que é de 4,5%. Já a Selic, antes projetada em 10,25% ao ano, passa a ter expectativa de 9,75%.

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O Banco Central, por meio do Boletim Focus, estima inflação em 4,8% e Selic em 9,75%
Marcos Santos/USP Imagens
O Banco Central, por meio do Boletim Focus, estima inflação em 4,8% e Selic em 9,75%

As projeções fazem parte do Boletim Focus divulgado sempre as segundas-feiras pelo Banco Central. A estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) manteve-se estável, com expectativa de crescimento de 0,50% em 2017.

A estimativa que apontou maior queda foi a da Selic. Na última segunda-feira (9) a pesquisa do Boletim Focus sinalizava que a taxa básica de juros seria de 10,25%. Mas, surpreendo todo o mercado financeiro, o Comitê de Política Monetária (Copom) apostou em uma redução maior na taxa de juros, corte esse de 0,75 ponto percentual, deixando o índice em 13% ao ano.

A maior redução fez com que os economistas dos bancos consultados pelo BC reduzissem a projeção para este ano. A estimativa é de inflação em 9,75% e para 2018 é de 9,50%.

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Inflação

Para a inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), também tem estimativa levemente menor para o ano, ao passar de 4,81% para 4,80%, aproximando-se ainda mais do centro da meta, que é de 4,5%, segundo o BC. A projeção menor foi influenciada pelo resultado da inflação oficial divulgado na última semana pelo Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que ficou em 6,29%.

PIB

A tímida percepção de que a recessão econômica começa a arrefecer faz com que os economistas entrevistados pelo Banco Central sinalizem uma leve recuperação no PIB. Mesmo sem mudar de patamar desde o último Boletim Focus – em que a projeção era de 0,50% este ano – mostra potencial de crescimento para 2018.  A perspectiva é que o Produto Interno Bruto Brasileiro cresça 2,20%.

*Com informações da Agência Brasil

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