O emprego e a produção na indústria terminaram 2016 em queda, mas com situação mais favorável que o registrado no fim de 2015. De acordo com levantamento divulgado, nesta sexta-feira (20), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o indicador que mostra a evolução do número de empregados ficou em 44,7 pontos em dezembro. Este é o pior resultado desde junho, quando o índice registrou 44,6 pontos.
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O desempenho da indústria sobre o emprego caiu 1,1 ponto na comparação com novembro, quando o índice de desempregados estava em 45,8 pontos. Apesar de estar abaixo da marca de 50 pontos, que divide desempenhos acima ou abaixo do esperado, o resultado é superior ao apresentado no mesmo período de 2015, quando o setor registrou 41,5 pontos.
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O índice que avalia a produção do setor terminou o ano com 40,7 pontos, ante 47 pontos em novembro. Assim como o emprego, o ritmo de produção foi mais satisfatório que o apresentado 12 meses antes. Em dezembro de 2015, o indicador registrou 35,5 pontos. Este foi o melhor resultado para meses de dezembro em quatro anos. De acordo com a CNI, a produção costuma cair em dezembro devido ao fim das encomendas para o Natal.
Estoques e capacidade instalada
Os estoques da indústria terminaram o ano abaixo do desejado. De acordo com a CNI, trata-se de um dado positivo, já que a produção pode aumentar para recompô-los. O indicador que mede o estoque efetivo em relação ao planejado ficou em 46,5 pontos em dezembro. O setor apresentou queda em relação a novembro, quando o índice era de 48,3 pontos, e estabilidade na comparação com dezembro de 2015, quando foram registrados 46,6 pontos.
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A utilização média da capacidade instalada na indústria terminou o mês de dezembro em 63%. O resultado representa uma queda de três pontos percentuais na comparação com novembro. Quando o desempenho de dezembro de 2015 é levado em consideração, o setor apresentou crescimento de um ponto percentual. Este foi o primeiro aumento na comparação anual desde março de 2014. Em nota, a CNI afirmou que os dados da sondagem de dezembro mostram que o atual cenário "ainda é grave". No entanto, o resultado positivo nas comparações anuais faz a entidade acreditar que "o pior pode ter passado".
* Com informações da Agência Brasil.