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Países incluídos no estudo da CNI foram escolhidos, entre outros motivos, por conta de suas características econômicas
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Países incluídos no estudo da CNI foram escolhidos, entre outros motivos, por conta de suas características econômicas

O Brasil ficou em penúltimo lugar na classificação geral de competitividade em um ranking de 18 países, à frente apenas da Argentina. O resultado está no estudo Competitividade Brasil, divulgado nesta quinta-feira (19) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Foram considerados nove fatores para determinar a competitividade, entre eles, infraestrutura e logística, disponibilidade e custo da mão de obra e do capital, ambiente macroeconômico, peso dos tributos e educação.

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A pesquisa é baseada no ano de 2016. De acordo com a CNI , os países incluídos no estudo foram escolhidos por conta de suas características econômicas, sociais e da natureza de sua participação no mercado internacional. Esta é a quinta edição do relatório, publicado pela primeira vez em 2010.

Quando os rankings são separados por quesito, o Brasil fica com o último lugar em disponibilidade e custo do capital, possuindo a mais alta taxa de juros real de curto prazo e o maior spread, que é a diferença entre as taxas que os bancos pagam para captar recursos e as que cobram dos consumidores da taxa de juros. O País também ficou mal posicionado em ambiente de negócios e ambiente macroeconômico: em ambos os quesitos ficou em penúltimo lugar, outra vez à frente apenas da Argentina.

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Segundo a Confederação Nacional das Indústrias, os fatores que exerceram influência na baixa posição em ambiente macroeconômico foram inflação, dívida bruta e carga de juros elevadas e baixa taxa de investimento. No quesito ambiente de negócios, o país é puxado para baixo pelo desempenho ruim nos subfatores burocracia e relações de trabalho e eficiência do estado e segurança jurídica.

O ranking em que o Brasil ficou mais bem posicionado foi o da educação, em que conquistou o nono lugar entre 15 países para os quais há informações disponíveis sobre o assunto. O resultado se deve ao bom desempenho do país em gastos com educação, subfator no qual o Brasil ocupa o quarto lugar. A CNI ressaltou, no entanto, que o país teve desempenho fraco em outros quesitos.

A posição intermediária no ranking de matrículas no ensino superior, por exemplo, não foi suficiente para que o Brasil ficasse acima do décimo primeiro lugar entre 13 países para os quais há informações disponíveis sobre conclusão da faculdade ou universidade. Em relação à qualidade da educação básica, o País está em décimo segundo lugar entre 14 dos países pesquisados com mecanismos de monitoramento.

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A primeira colocação na classificação geral da pesquisa da CNI é ocupado pelo Canadá, seguido pela Coreia do Sul, Austrália, China, Espanha e Chile. Entre os fatores pesquisados, o Canadá só não está em primeiro lugar nos quesitos disponibilidade e custo de mão de obra e ambiente macroeconômico.

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