A prévia da inflação, medida pelo índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA -15) teve alta de 0,31% em janeiro, segundo dados apurados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira. Apesar da aceleração no primeiro mês de 2017, a taxa é a menor para o mês desde 1994.
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O levantamento, elaborado pelo IBGE, apurou que em janeiro de 2016, o IPCA- 15 teve elevação de 0,92% para o consumidor . No acumulado dos últimos doze meses, o índice desceu para 5,94%, ficando abaixo dos 6,58% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.
Supermercado
Segundo a nota divulgada pelo IBGE, o grupo de alimentação e bebidas foi o que mais impulsionou o crescimento da inflação no período, uma vez que passou do saldo negativo de -0,18% no mês de dezembro, para 0,28% neste mês. O mesmo grupo em Salvador teve alta de 1,05%. Por outro lado, em Goiânia, o indicador recuou 0,60%.
Entre os exemplos que mostraram uma variação positiva foram alimentos como: ovos com alta de 3,10%, frutas em alta de 2,38, farinha de mandioca com alta de 4,53% e óleo de soja 8,04% mais caro.
Embora o setor de alimentação tenha sido o que mais alavancou a taxa do IPCA-15, o setor de despesas pessoais foi o que apresentou a maior alta: 0,76%. O item responsável por isso foi o cigarro, que teve reajuste de preços no primeiro dia de dezembro.
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Transporte
O mesmo balanço apurado pelo IBGE mostra ainda que, a gasolina foi o produto com maior impacto no bolso do consumidor brasileiro no período analisado. Na capital Goiânia, por exemplo, o aumento foi de 4,6%. O transporte público, mais especificamente ônibus urbanos, após os reajustes, teve alta de 0,83%.
Contraponto
Outro setor apurado foi o grupo de habitação, que registrou o maior recuo no período analisado. Em dezembro, o balanço era negativo em 0,28%, já em janeiro a taxa foi para -0,22%. Segundo a IBGE, a conta de luz foi o principal responsável pelo impacto negativo, de -2,25% na taxa de inflação.
Na capital Porto Alegre, as contas de energia tiveram recuo de 5,30% e segundo o IBGE, a justificativa está no fato de que uma das concessionárias da região reduziu suas despesas em 16,28% desde 22 de novembro do ano passado.
Apesar das contas do final do mês ter ficado mais fáceis do brasileiro pagar, itens do cotidiano doméstico ficaram mais caros. Mão de obra para pequenos reparos subiu 0,52%, gás de botijão mostrou elevação de 0,64% e os artigos de limpeza, alta de 1,23%.
A análise regional do IBGE mostra que os consumidores da região metropolitana de Salvador foram os que pagaram mais caro, com elevação de 0,63%. O contraponto está no lado Sul do mapa, em Porto Alegre, o consumidor passou a pagar apenas 0,03% a mais.
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