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A venda de imóveis residenciais novos em São Paulo apresentou queda em novembro do ano passado, na comparação com o mesmo período de 2015. De acordo com dados divulgados nesta quarta-feira pelo Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), o setor apresentou queda de 30,3% em novembro, ao comercializar 1.724 unidades contra 2.473 unidades vendidas 12 meses antes.

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No acumulado de janeiro a novembro, foram vendidos 14.048 imóveis . O resultado representa 18,7% menos que o mesmo período de 2015. Na comparação com outubro de 2016, o setor apresentou alta de 14,4%. Em 2016, o melhor resultado foi registrado em junho, com 2.097 unidades vendidas, e o pior em julho, com 828 unidades.

Segundo levantamento, a cidade terminou o mês de novembro com 24,9 mil imóveis disponíveis para venda
Antonio Cruz/ABr
Segundo levantamento, a cidade terminou o mês de novembro com 24,9 mil imóveis disponíveis para venda

A cidade terminou o mês de novembro com 24.968 residências disponíveis para venda. O resultado é 1,6% superior ao apresentado em outubro e 8,2% menor na comparação com novembro de 2015. O Secovi-SP considera como unidades em oferta aquelas que estão na planta, em construção e prontos lançados nos últimos 36 meses. O penúltimo mês do ano também registou o melhor desempenho em termos de lançamentos, com 3.214 novas unidades.

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O resultado é 45% superior ao apresentado em outubro e 8,8% inferior a novembro de 2015. "Mesmo com a tradicional sazonalidade de fim de ano, a quantidade de lançamentos nos meses de outubro e novembro merce destaque, porque comprova a volta, ainda tímida, da confiança dos incorporadores na economia e no funcionamento das nossas instituições", diz Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP. No acumulado entre janeiro e novembro, foram ofertadas 15.603 novas unidades, resultado em queda de 19,5% na comparação com o mesmo período de 2015.

Projeção para 2017

O Secovi-SP estima que neste ano as tendências negativas da economia sentidas pelo mercado sejam revertidas. A associação projeta que, mesmo em um ritmo lento, esse movimento pode possibilitar um crescimento de até 10% para o mercado imobiliário. Outro fator levado em consideração é a expectativa de redução ainda maior da taxa básica de juros.

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"A queda permanente da Selic vai permitir que a caderneta de poupança, fonte de recursos para o financiamento à produção e à comercialização de imóveis, volte a ser atrativa", explica Flávio Amary, presidente do Secovi-SP. "Isso fará com que os saques diminuam e a captação volte a ser positiva. Também haverá um momento em que os bancos voltarão a diminuir as taxas de juros para crédito imobiliário, colaborando com a recuperação do setor".

* Com informações da Agência Brasil.

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