O Brasil passa por um momento favorável com a queda da inflação, afirmou o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, nesta quarta-feira (18). Em entrevista à Voz do Brasil, ele comentou a participação do País no Fórum Econômico Mundial em Davos (Suíça) e também disse que as medidas de ajuste fiscal tomadas pelo governo ajudam o Banco Central a reduzir os juros.
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“Nós encontramos, no meio do ano passado, um país com a inflação excessivamente elevada, com mais de 10% [no acumulado de 12 meses] e estamos fazendo um trabalho de ajuste fiscal, que também tem um efeito de queda de inflação [porque o governo gasta menos e reduz a quantidade de dinheiro em circulação na economia”, declarou Henrique Meirelles .
Segundo o ministro, o Banco Central está fazendo um movimento bem-sucedido de corte dos juros básicos da economia após a inflação começar a cair. Ele afirma que a desaceleração dos índices de preços permitiu ao Banco Central ampliar a redução da taxa Selic (juros básicos da economia) na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e que a aceleração no corte de juros ajudará o país a retomar o crescimento em 2017 ao baratear o crédito.
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“A inflação tem caído consistentemente, permitindo ao Banco Central cortar os juros. Inclusive, na última decisão, cortamos [a taxa Selic em] 0,75 ponto percentual, aumentando o corte. Primeiro, porque é resultado da queda da inflação. Isso é bom para todos. Segundo, porque, com a taxa de juros menor, teremos condições de reduzir cada vez mais o custo do crédito, facilitando e barateando o consumo e o investimento”, acrescentou.
Sobre as projeções do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, o ministro disse que existe um consenso de que a economia voltará a crescer este ano. Ele informou ser possível que o País volte a crescer já no primeiro trimestre de 2017.
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“Todos concordam que o Brasil vai crescer em 2017 e, portanto, vai criar empregos. A economia começa a crescer neste trimestre. No decorrer do ano, a taxa de desemprego vai cair, principalmente no segundo semestre”, concluiu Henrique Meirelles.