Após interromper a sequência de quedas, o dólar voltou a cair nesta quinta-feira (11) e atingiu o menor nível em dois meses. A moeda norte-americana encerrou o dia vendida a R$ 3,192, com queda de 0,22% (R$ 0,007). Este é o menor valor desde 8 de novembro, dia de eleição presidencial nos Estados Unidos, quando a moeda registrou R$ 3,167.
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No acumulado dos primeiros dias de 2017, o dólar acumula queda de 1,78%. A moeda começou o dia em alta, mas a tendência foi revertida a partir das 14h30, durante a primeira entrevista coletiva do presidente eleito norte-americano, Donald Trump. Em sua fala, o republicano não anunciou medidas econômicas.
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A possibilidade de Trump elevar os gastos do governo pode fazer a maior economia do mundo aumentar a taxa de juros para manter a inflação sob controle. Juros mais altos em países desenvolvidos estimulam a fuga de capitais financeiros de países emergentes, como o Brasil. Como nos últimos dias, o mercado de câmbio operou sem a intervenção do Banco Central. Desde 13 de dezembro, a autoridade monetária não compra nem vende dólares no mercado futuro.
A expectativa pelo anúncio da queda da Selic, a taxa básica de juros, também influenciou na queda da moeda norte-americana. Em sua primeira reunião em 2017, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu, por unanimidade reduzir a Selic pela terceira vez seguida, passando de 13,75% para 13% ao ano. A mudança surpreendeu analistas financeiros, que projetavam corte de apenas 0,50 ponto percentual. O anúncio fez o índice chegar ao menor nível desde abril de 2015, quando estava em 12,75%.
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Ao contrário do dólar, o mercado de ações teve um dia de ganhos. Em alta pelo segundo dia seguido, o Ibovespa (Índice da Bolsa de Valores de São Paulo), subiu 0,51%, registrando 62.446 pontos. O indicador está no maior nível desde 28 de novembro. As ações da Petrobras, as mais negociadas, subiram 2,50% (papéis ordinários, com direito a voto em assembleia de acionista). Os papéis preferenciais (com preferência na distribuição de dividendos) fecharam com valorização de 1,16%.
* Com informações da Agência Brasil.