O Banco do Brasil dobrou a linha para financiar exportações de micro e pequenas empresas, de R$ 43 milhões, em 2015, para R$ 88 milhões neste ano. A fonte de recursos é o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), o mesmo responsável pelo pagamento do seguro-desemprego e abono salarial.
No fechamento do primeiro trimestre deste ano, foram desembolsados R$ 6,2 milhões em 66 operações, aumento substancial em relação ao mesmo período de 2015, quando foram liberados R$ 135 mil, em apenas duas operações.
O Proger Exportação é destinado a empresas com faturamento bruto de até R$ 10 milhões por ano. É possível financiar exportação de bens na modalidade pré-embarque e despesas com promoção de exportação.
O gerente executivo da Diretoria Soluções de Atacado, Paulo Guimarães, afirma que agora é possível financiar também despesas decorrentes da participação em eventos comerciais no Brasil e no exterior. "Isso inclui remessa de mostruários e material promocional, aquisição de passagens aéreas, hospedagem, locação de espaço físico, montagem e ambientação de estande. Trata-se, portanto, de apoio representativo para que o pequeno exportador possa promover seus produtos, prospectar clientes e ampliar o mercado, conquistando o comércio internacional", ressaltou.
Os setores que mais tomaram crédito nessa linha no primeiro trimestre foram têxtil e confecções, juntamente com mineração e metalurgia, que juntos responderam por 32% do total. Além do novo patamar do dólar, a linha é atrativa pelas condições: juros subsidiados (TJLP mais spread), prazo de pagamento de até um ano alíquota zero de IOF e possibilidade de utilização do Fampe (Fundo de Apoio às Micro Empresas) como garantia complementar.