Um juiz do Missouri, nos Estados Unidos, condenou a Johnson & Johnson a pagar US$ 72 milhões (cerca de R$ 280 milhões) para a família de uma consumidora que teve a morte por câncer ligada ao uso contínuo do talco infantil “Baby Powder and Shower to Shower”. As informações são da agência de notícias Reuters.
No veredicto anunciado na noite desta segunda-feira (22), a corte de St. Loius afirmou que a família de Jacqueline Fox, que morreu em outubro, aos 62 anos, de câncer de ovário, deverá receber o dinheiro da empresa pelos danos fatais. A Johnson & Johnson enfrenta várias centenas de ações judiciais que alegam que os produtos à base de talco podem causar câncer – e que a empresa, na tentativa de impulsionar suas vendas, falhou durante décadas em alertar os consumidores sobre tais efeitos.
“A J&J sabia, já na década de 1980, sobre os riscos, mas mentiu ao público, mentiu às agências regulamentárias”, defendeu o advogado da família, Jere Beasley, à imprensa.
A porta-voz da empresa Carol Goodrich, afirmou que a empresa tem responsabilidade sob a segurança e a saúde de seus consumidores. “Estamos desapontados com o resultado do julgamento. Somos solidários com a família, mas acreditamos na segurança do cosmético, o que tem sido garantido por décadas por evidências científicas”, afirmou.
Em outubro de 2013, um júri federal de Sioux Falls, Dakota do Sul, defendeu que o uso do produto em pó da Johnson & Johnson teria relação com um cancro no ovário da consumidora Deane Berg. No entanto, ela não teria sido indenizada.