A ponte aérea Rio-São Paulo , serviço hoje feito pelas companhias Gol e Latam, vai ganhar mais uma concorrente às 7h da manhã do próximo dia 29 de agosto. Na data, a Azul, terceira maior companhia em operação no país, vai estrear no trecho que é o mais rentável do país e quarta rota doméstica com maior frequência de voos no mundo.

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Voos da Azul começam a ser realizados a partir do dia 29 de agosto e terão passagens mais baratas que concorrentes
Divulgação/Azul
Voos da Azul começam a ser realizados a partir do dia 29 de agosto e terão passagens mais baratas que concorrentes

A companhia vai inaugurar sua participação em meio à reforma na pista principal do aeroporto Santos Dumont , uma obra prevista para terminar em 21 de setembro. Até lá, a Azul deve operar na pista auxiliar do terminal com cinco aeronaves do modelo Embraer 195, que carrega 146 passageiros.

Neste período, em que a Azul será a única companhia a voar para Santos Dumont, serão 17 partidas diárias de cada aeroporto. De acordo com o presidente da Azul, John Rodgerson, a frequência vai permitir um voo a cada 50 minutos entre as duas cidades.

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Para garantir essa frequência, a companhia vai usar todas as 15 autorizações de pousos e decolagens (slots) em Congonhas, que ganhou da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) há duas semanas. Esses slots eram operadas pela Avianca até 23 de maio, quando a companhia em recuperação judicial deixou de operar.

Além dos 15 slots que eram da Avianca, a Azul deve remanejar outras licenças que já dispõe em Congonhas para concentrar esforços na ponte aérea. Com isso, voos do aeroporto a destinos como Porto Alegre e Curitiba devem ser remanejados a outros terminais.

Como estratégia de entrada no trecho, a companhia vai promover passagens com tarifas promocionais de R$ 99 o trecho. Em conferência a jornalistas, Rodgerson voltou a criticar o que considera uma concentração de mercado nas mãos de Gol e Latam.

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"O duopólio ( Gol e Latam ) está querendo manter Congonhas fechado. Com a gente entrando na ponte aérea, vai aumentar a concorrência e eles vão ter que melhorar o produto deles" diz Rodgerson.

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