O banco UBS aceitou os termos e comprou o Credit Suisse por US$ 2 bilhões, informou o jornal Financial Times. O anúncio oficial deve acontecer ainda neste domingo (19).
Segundo o jornal, UBS pagará 0,76 francos suíços por ação, o equivalente a R$ 4,33. A proposta inicial era apagar 0,25 francos suíços por ação . Uma segunda proposta de 0,54 francos suíços por ação também foi colocada na mesa.
Embora a proposta seja o dobro da negociação inicial, o valor de compra ainda segue muito abaixo do mercado. Na sexta, as ações do Credit Suisse fecharam a 1,86 francos suíços, valor duas vezes maior que a proposta pelo UBS.
O acordo só foi possível com a interferência do Banco Central da Suíça, que negociou os termos com as duas empresas. Agora, o governo suíço se movimenta para alterar as leis do país para viabilizar a compra do Credit Suisse sem passar pelos acionistas.
Entenda o caso
Nos últimos dias, a Credit Suisse apontou resultados ruins no trimestre passado. Após o estouro da crise, o banco suíço foi informado que seu principal acionista, a Saudi National Bank, da Arábia Saudita, descartou fornecer mais liquidez ao banco, alegando questões regulatórias.
De quebra, a falência do banco estadunidense Silicon Valley Bank (SVB) aprofundou a crise no Credit Suisse. O SVB era o 16º maior banco dos EUA e tinha acordos financeiros com a Credit Suisse.
Além do SVB, o Signature Bank também anunciou sua falência. A quebra dos dois bancos foi a maior crise financeira nos Estados Unidos desde 2008. As falências causaram temor de investidores sobre o risco de contágio para o sistema financeiro global.