A Nissan Motors informou nesta terça-feira (11) que vendeu seus ativos na Rússia
para um órgão estatal russo por um euro, abrindo mão de cerca de US$ 687 milhões para deixar de ter negócios no país, após a invasão russa à Ucrânia.
A montadora japonesa transferiu suas ações para a estatal NAMI, mas fica permitido à Nissan Manufacturing Russia LLC a recompra após seis anos da negociação, disse o Ministério da Indústria e Comércio da Rússia.
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A venda inclui as fábricas e os centros de pesquisa em São Petersburgo, além do centro de marketing em Moscou.
O movimento partiu da principal acionista da Nissan, a francesa Renault, que vendeu sua participação majoritária na montadora russa Avtovaz para um investidor russo em maio, como parte da estratégia de boicotar a invasão.
A Renault teria vendido sua participação na Avtovaz por um rublo (US$ 0,02), informa a agência Reuters.
A Renault estima que a venda dos ativos leve a um impacto de 331 milhões de euros em seu lucro líquido no segundo semestre de 2022. A Nissan, no entanto, manteve sua previsão de ganhos para o ano fiscal que termina em março.
A montadora japonesa já havia parado a produção na Rússia em março, devido a interrupções na cadeia de suprimentos. A ausência de perspectiva de melhora, por conta da guerra, fez com que a empresa decidisse suspender as operações no país.