iGDeias - Pré-eleições, Bolsonaro promete R$ 160 bi. Vai funcionar?
Brasil Econômico
iGDeias - Pré-eleições, Bolsonaro promete R$ 160 bi. Vai funcionar?

O presidente Jair Bolsonaro (PL), que tenta reeleição, ativou a máquina para tentar correr atrás dos votos que foram para o seu adversário na corrida eleitoral, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Para isso, já prometeu R$ 160 bilhões , além de pretender gastar R$ 6,4 bilhões extra só até o segundo turno em benefícios sociais. 

Para entender os impactos das medidas eleitorais no Orçamento federal e na campanha política, o iG convidou Maria do Socorro Sousa Braga, professora e coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Ciência Política da Universidade Federal de São Carlos e do Núcleo dos Partidos Políticos Latino-Americanos (NEPPLA) e o economista Leonardo Ribeiro,  Analista do Senado Federal, para a live desta terça-feira (11), ao meio-dia (12h). A transmissão será feita pelo YouTube , Facebook , TwitchLinkedInTwitter do portal.

Entre no  canal do Brasil Econômico no Telegram e fique por dentro de todas as notícias do dia. Siga também o  perfil geral do Portal iG 

Com os R$ 200 extra no Auxílio Brasil, que subiu de R$ 400 para R$ 600, o governo gastará R$ 3,6 bilhões. Além disso, antes do 2º turno, a Caixa anunciou a inclusão de mais 477 mil famílias, que representam gasto de R$ 1,8 bilhão. Com outros benefícios, a conta fecha em R$ 6,4: Vale-gás R$ 300 milhões; "pix-caminhoneiro" R$ 300 milhões; "pix-taxista" R$ 300 milhões. 

Antes do primeiro turno, essas despesas, juntas, já representavam R$ 12,2 bilhões, liberadas pelo Congresso Nacional por meio da "PEC das Bondades", que permitiu gastos sociais fora do teto de gastos. Ao todo, 21,8 milhões de pessoas foram agraciadas com um ou mais benefícios.

A intenção de Bolsonaro é retirar votos de um eleitorado que historicamente mostra-se consolidado como adepto ao PT, como os cidadãos que recebem até 2 salários mínimos e moradores do Nordeste. 

Como dizia o economista Milton Friedman, "nada mais permanente que um programa temporário de governo". Sendo assim, há de se imaginar que todas essas promessas causem impacto no Orçamento federal, basta saber se terão resultado também na reversão de votos. 

Promessas

As promessas para 2023 são ainda mais extravagantes e somam R$ 160 bilhões. A conta engordou após o anúncio feito na última terça-feira (4), de conceder um 13º pagamento para 17 milhões de mulheres beneficiárias do Auxílio Brasil. 

Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), a medida terá impacto de R$ 10,1 bilhões aos cofres públicos.  

Para o ano que vem, ainda restam dúvidas sobre a manutenção do patamar de R$ 600 para o Auxílio Brasil, uma vez que o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) só garante R$ 405 para cada recebedor do programa. 

O acréscimo no Auxílio Brasil teria impacto de R$ 52 bilhões. 

Outra promessa ainda sem fonte de custeio definida é a correção da tabela do Imposto de Renda, que Bolsonaro já havia prometido em 2018, mas não cumpriu. Ainda de acordo com a FGV, se realizada, impactará em R$ 17 bilhões os cofres da União. 

Há ainda promessas como reajuste de R$ 11,6 bilhões para os servidores e manutenção das desonerações dos combustíveis (R$ 52,9 bilhões).

Assista a live


    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!