O Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Argentina chegaram a um "acordo em nível técnico" sobre a segunda revisão do acordo concedido ao país para refinanciar a dívida de US$44,5 bilhões.
A informação foi divulgada pela agência estatal Telam nesta segunda-feira (19), que cita um comunicado do órgão internacional.
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O acordo está sujeito à aprovação do Conselho Executivo do FMI, que deve se reunir nas próximas semanas. Concluída a revisão, a Argentina terá acesso a aproximadamente US$ 3,9 bilhões.
O chefe da Missão do FMI para a Argentina, Luis Cubeddu, especificou que "a maioria dos objetivos do programa quantitativo até o final de junho de 2022 foram alcançados" e destacou "a volatilidade do período em o mercado cambial e obrigacionista foi interrompido após medidas decisivas que corrigiram retrocessos anteriores e reconstruíram a 'credibilidade' do país".
O FMI reconheceu a existência de um quadro macroeconômico com "um ambiente global mais difícil", mas destacou que na Argentina "as pressões do mercado estão se dissipando e as perspectivas de crescimento permanecem inalteradas em 4% para este ano".
Quanto às pressões inflacionárias, a agência observa que "continuam fortes", mas que "espera-se uma moderação gradual no restante de 2022 e 2023".
Cubeddu ressaltou que "os principais objetivos definidos no momento da aprovação do acordo, incluindo os relativos ao défice fiscal primário e às reservas líquidas internacionais, permanecerão inalterados até 2023".
O acordo ocorre poucos dias depois que o ministro argentino da Economia, Sergio Massa, viajou aos Estados Unidos em uma visita de oito dias, que incluiu uma reunião com a diretora do FMI, Kristalina Georgieva.