A inadimplência registrou elevação entre janeiro e junho deste ano. De acordo com dados divulgados nesta terça-feira (11) pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, a taxa de consumidores com dívidas em atraso aumentou 0,84% no período. Com o resultado, já são 59,8 milhões de pessoas negativadas. Apesar da elevação, houve queda no ritmo do endividamento, já que no primeiro semestre do ano passado, o índice era 3,21% maior que no mesmo período de 2015.
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Segundo o levantamento, entre o final de 2015 e o início de 2016, a inadimplência crescia a taxas próximas de 5% e agora são consideradas estáveis, mesmo que ainda estejam refletindo "o cenário de desemprego elevado" e dificuldades que atingem 39,6% da população com idade entre 18 e 95 anos. Quando o mês de junho deste ano é comparado com o mesmo período de 2016, há um recuo de 0,83% no número de devedores em atraso.
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Na comparação com maio, a redução é de 0,64%. De acordo com a pesquisa, o volume das dívidas também caiu, ficando 5,34% menos em junho sobre o mesmo mês de 2016. A queda mais expressiva foi registrada no setor de comunicação (-13,13%). O volume das contas atrasadas também ficou menor no setor de bancos (-2,57%) e serviços básicos, como água e luz (-1,18%).
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Apesar de registrarem redução no volume das dívidas, os bancos ainda concentram a maioria das contas atrasadas (48,54%). Em seguida, estão comércio (20,42%), comunicação (13,81%) e serviços básicos (7,96%).
Recuperação econômica
O presidente da CNDL, Honório Pinheiro, acredita que o número de inadimplentes não deve ter grande avanço em caso de uma recuperação lenta e gradual da economia e do consumo. "[O número] deve oscilar em torno dos 60 milhões de negativados ao longo dos próximos meses", projeta.
Em junho, mais da metade da população com idade entre 30 e 39 anos (50,4%) tem algum tipo de pagamento atrasado, o equivalente a 17,2 milhões de pessoas. Na faixa entre 40 e 49 anos, a taxa chegou a 47,7%). Já entre os consumidores de 25 a 29 anos, 46,5%.
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Quando o levantamento é feito sobre as regiões, o Sudeste, com 25,8 milhões de pessoas (ou 39,4% de sua população adulta) com dívidas em atraso aparece em primeiro lugar. A segunda maior taxa de inadimplência está no Nordeste, com 15,7 milhões de consumidores (39,3%). Em seguida, estão as regiões Sul, com 7,9 milhões (35,3%), Norte, com 5,4 milhões (45,9%), e Centro-Oeste, com 5 milhões (43,3%).
* Com informações da Agência Brasil.