O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços inicou uma consulta pública para verificar o interesse do setor privado brasileiro em negociações comerciais com o Japão e a Coreia do Sul. O objetivo do governo é analisar a receptividade das empresas a acordos comerciais entre o Mercosul, bloco econômico sul-americano do qual o Brasil faz parte, e os dois países asiáticos.

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No último ano, as exportações brasileiras para o Japão somaram US$ 4,6 bilhões e as importações , US$ 3,57 bilhões, segundo dados do governo . No caso da Coreia do Sul, o Brasil exportou o equivalente a US$ 2,88 bilhões no mesmo período e importou US$ 5,45 bilhões. O dialógo entre o Mercosul e os dois países visando parcerias comerciais já existe há alguns anos.

Em 2016, exportações somaram  US$ 4,6 bilhões, para o Japão, e US$ 2,88 bilhões, para a Coreia do Sul, segundo o governo
Arquivo/Agência Brasil
Em 2016, exportações somaram US$ 4,6 bilhões, para o Japão, e US$ 2,88 bilhões, para a Coreia do Sul, segundo o governo

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Em 2009, o bloco econômico e a Coreia do Sul criaram um grupo consultivo para a promoção de comércio e investimentos. No ano passado, as partes se reuniram e discutiram um documento geral que serviria a eventuais negociações comerciais. O Japão, por sua vez, começou a tratar com o Mercosul em 2012, em Montevidéu, no Uruguai.

Na ocasião, foi estabelecido entre as partes um diálogo para o fortalecimento de relações econômica. De lá para cá, aconteceram outras reuniões, sendo a mais recente em maio de 2016, em Tóquio.

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Aberta na última quinta-feira (1º), a consulta tem prazo de 60 dias. As contribuições deverão ser feitas somente por associações ou entidades de classes por meio de planilhas disponibilizadas pelo ministério. As empresas interessadas em contribuir, portanto, precisam entrar em contato com entidades às quais estejam associadas ou que representem seu setor.

Balança comercial em alta

A balança comercial terminou o mês de janeiro com o segundo melhor resultado da história para o período. De acordo com dados do governo, o saldo positivo de US$ 2,725 bilhões registrado no mês passado só é inferior ao de janeiro de 2006, quando o País registrou superavit de US$ 2,835 bilhões. O principal responsável pela alta foi a recuperação do preço das commodities (bens primários com cotação internacional). O preço médio das exportações subiu 20,1%, enquanto a quantidade aumentou 0,5%, na comparação com janeiro de 2016.

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