A balança comercial brasileira registrou o segundo melhor resultado da história para meses de janeiro. De acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (1º) pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, o saldo positivo de US$ 2,725 bilhões registrado no mês passado só é inferior ao de janeiro de 2006, quando o País registrou superavit de US$ 2,835 bilhões.
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Na comparação com janeiro de 2016, a balança comercial apresentou crescimento de 198%. Naquele mês, o País registrou saldo positivo de US$ 915 milhões. O principal responsável pela alta foi a recuperação do preço das commodities (bens primários com cotação internacional). O preço médio das exportações subiu 20,1% em janeiro, enquanto a quantidade aumentou 0,5% na comparação com o mesmo mês do ano passado.
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No primeiro mês do ano, as exportações somaram US$ 14,911 bilhões. O resultado representa alta de 20,6% em relação a janeiro de 2016, pelo critério da média diárias. De acordo com o levantamento, a maior alta foi registrada nas exportações de produtos básicos, que subiram 30% em janeiro. Os destaques foram soja em grão (124,7%), minério de ferro (124,5%) e petróleo bruto (97,7%).
As vendas de itens semimanufaturados aumentaram 27,5%. A elevação foi causada, principalmente, pelo açúcar bruto (alta de 117,5%), semimanufaturados de ferro e aço (74,4%) e madeira serrada (32,8%). As exportações de produtos industrializados apresentaram alta de 7,4%, com destaque para óleos combustíveis (alta de 271,2%), suco de laranja não congelado (251,2%) e veículos de carga (114%).
Por outro lado, as importações terminaram o período em um total de US$ 12,817 bilhões, apresentando aumento de 7,3% na mesma comparação. O crescimento decorreu, principalmente, pela alta nas compras de bens intermediários, que subiram 22,8% em janeiro na comparação com janeiro de 2016. Os destaques foram as compras de alimentos e bebidas (milho, cevada e trigo) e de insumos industriais (sulfetos de minério de cobre, fosfatos de cálcio e algodão não cardado).
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A alta do preço internacional do petróleo também influenciou a balança comercial. As importações de combustíveis e lubrificantes cresceram 15,8% em janeiro em relação ao mesmo período de 2016. Isso porque os preços mais altos encareceram as compras de óleo diese, gasolina e querosene.